Mãos nas panelas

O Gav ou grupo de amigos voluntários reúne-se  todos os domingos as 15 horas para preparar 300 marmitex ou quentinhas para distribuição em um dos pontos do centro de São Paulo, no caso Rua Marconi, travessa da sete de abril.
Infelizmente temos muitos pontos para ser preenchidos em São Paulo, pelo numero excessivo de moradores de rua, alguns vitimados pelo alcoolismo outros pelo crack outros pelo abandono de seus familiares ou abandonaram a si mesmo.
Fato é que como cidadãos que elegemos o poder publico também de certa forma os abandonamos quando deixamos de cobrar do poder publico que nos representa á soberana vontade, ou deveria representas a vontade de um povo através do voto.
E passamos vez ou outra por eles e mudamos de calçada para não passar próximo, ou simplesmente deixamos de olhar legando para outros e como indiferentes ante o nosso dever de agir, em beneficio de uma sociedade doente.
Ai em nome do amor, e por ter compreendido-o, que pensamos  que se falta possibilidade de atingir suas causas e trata-las   extirpando através da promoção social, existe a tentativa de amenizar o efeito, levando o alento para 300 em um domingo, muitos podem dizer mas isso não resolve o problema dos moradores de rua, mas enquanto não despertamos como sociedade e reais soberanos do poder publico, levamos o alento de uma quentinha ou marmitex, levamos um cobertor para mitigar o frio enquanto combatemos e oremos pelas pessoas  que deixaram seu coração em um constante inverno.
O inverno da indiferença.
O inverno da passividade ente as decisões da administração publica.
Em oposição ao sentimento vivido na rua marconi de uma noite gelada e castigada pelo outono, com sensação de inverno, os corações que distribuíam alimento resplandecia o sol de Jesus abençoando e sendo abençoado por aquelas pessoas simples,tornando dia a noite daqueles moradores, levando o verão do coração ao aquecer e ser aquecido pelos corações.
Pude em um dia como hoje em plena 11:00 da manhã que embora continuasse o outono, o sol pintava o céu com um azul suave permitindo que as nuvens e o vento fizessem uma aquarela viva pulsante, e o sol aquecesse os  corpos paulistanos durante o dia, mas o inverno que persiste existir nos corações se expressava por uma bela e bem vestida mulher que estava sentada em dos bancos do metro de São Paulo até o momento que um morador de rua, senta-se ao seu lado, como se tivesse sentado um bicho, uma onça ou uma cobra que podia engolir-lhe levantou-se em um impeto instintivo sem se permitir ficar ao lado dele no metro, por um único segundo.
Aquilo automaticamente rasgou minha alma pois o jovem morador de rua sem olhar para os lados balançou seus ombros, em um discurso mudo dizendo mais um, a fazer isso comigo, mais um a animalizar-me , mais um a relegar-me a condição, não humana.
E minha pergunta que entre as minhas lagrimas que teimavam em verter de meus olhos, pois de um lado alguém que era meu irmão relegado a rua, a ausência de um lar, sem um teto para abrigar-lhe do frio e da chuva, em pobreza.
De outro lado a pobreza de uma irmã que tinha a beleza física, a elegância de escolher uma bela roupa e maquiar-se de forma que o exterior refletia a beleza, mais que o frio de seu coração, gelava a sua alma, não descobriu que aquele ser, que ela imediatamente furtou-se de dividir um banco de metro, é um irmão que a vida te ofereceu a oportunidade de fazer no minimo que seja uma prece.
Pois somos ainda tão frágeis que entre a loucura e a sanidade é uma tênue linha ...
Que diariamente a vida nos prega peças nos chamando a realidade, pois podemos ainda nesta vida sentir as chibatadas do excessos de futilidades para queda no que é básico e essencial para o ser...
Longe de criticar a irmã tão doente quando o morador de rua é que convidamos a reflexão...
Como esta o seu coração esta vivendo o inverno, ou estão aquecido pelo verão de nosso pais tropical, ou esta em primavera pronto para semeadura do evangelho de Jesus?
Grupos como o GAV existem muitos por nosso pais ...
Campanhas Autas de Souza...
Não tem dinheiro para fazer cestas mais junte-se a nós coloque a mão nas panelas e inunde de amor aquele alimento, descasque  batatas, corte  tomates, rale  repolho e descubra a beleza da oração chamada amor.
E descubra por si só que a melhor oração é amar.
Saia de si doe seu tempo se não tiver dinheiro, doe seu dinheiro se não tiver tempo, e se tiver tempo e dinheiro ocupe-se fazendo dele a ferramenta em prol de uma sociedade melhor mais justa e humana.
Doe-se...
Venha junte-se a nós...
Cative sorrisos, e ganhe a recompensa de sua consciência, onde reside Deus...

Conheça o GAV: http://www.gav-grupodeamigosvoluntarios.blogspot.com.br/