Definiria vidência como faculdade ou possibilidade de visualização de Espíritos e do mundo espiritual, a partir de um estimulo que parte dos Espíritos que querem ser vistos ou que querem mostrar-nos algo, ela pode manifestar-se com os olhos fechados ou abertos, mas sempre com a ajuda de um estimulo, este tipo de faculdade o Espirito Camilo através de José Raul Teixeira usou o termo psicovidência, termo que acho muito adequado pela forma de sua manifestação.
Costumo ter muito cuidado no trato com esta faculdade pois como assinalou Allan Kardec é uma faculdade muito fugidia e difícil de ser comprovada, em sua veracidade do fenômeno pois se esta sujeito a total interpretação do médium.
Lembro-me do recente surgimento de livros de um renomado autor espirita, que parecia ter perdido todo seu estilo, foco, método de abordagem e estilo literário, após desencarnar, respeitamos o médium e o Espirito pela sua liberdade e forma de expressão, mas para o meu critério racional descarta o que ele ensina.
Mas como diz Voltaire : " Posso não concordar com nada do que disser, mas defenderei até a morte o seu direito de dizer." e Paulo de Tarso : "Examinai tudo e retende o bem."
Em um de seus livros na condição de Espirito ele descrevia um elemental, na mesma semana estive na reunião mediúnica que colaborava e no momento da avaliação uma médium disse-me ter identificado um elemental na reunião, pedi para que descrevesse a descrição era bem próxima do livro, e perguntei-lhe se naquele momento ela estava lendo algum livro, a resposta foi exata o mesmo livro que havia lido alguns dias.
Para mim como um estudante do fenômeno peço o beneficio da duvida, no sentido de saber se ela realmente viu um elemental ou imaginou ver um, pois, muito se parecia com a descrição do livro. Coloco na geladeira do tempo para que possa ter outras descrições a disposição para analise.
Outro fato é o narrado em um livro de um autor que embora não tenha uma afinidade com seu estilo, mas que gosto deste episódio pelo colorido que dá ao fato, o Espirito Luiz Sergio em cascata diz que em uma ocasião estava visitando uma casa espirita e um companheiro que fazia exercício de desenvolvimento da vidência, estava fechando a casa espirita e ele em um gesto de reverencia ao trabalhador o comprimentou-o, o trabalhador o viu de relance e o identificou não como se apresentou, sem óculos, mas como em uma ocasião ele o viu em foto que está em "O mundo que eu encontrei", e assustou-se.
Saiu dizendo para si mesmo que a reunião tinha sido muito difícil, e que até aquele momento estava vendo um obsessor de óculos e olhos vermelhos...
O vidente em exercício viu um Espirito que: a) Não era um obsessor b) não usava óculos naquele momento, c) não tinha olhos vermelhos, mas sua visão foi distorcida da realidade d) sua interpretação foi equivocada.
Sendo assim é necessário muito cuidado no trato com a vidência.
Pode surgir a pergunta: Mas, e as outras faculdade o médium é um interprete também?
Sim, mas é passível de uma analise mais apurada, pois tanto na psicofonia tanto é possível errar,como acertar...
Assim como o primeiro caso do autor de livros que psicografados ele pode estar sendo mal interpretado pelo médium ou existe algum outro Espirito usando seu nome, o que seria uma mistificação.
Em nenhum momento o objetivo desta abordagem é tirar o mérito da faculdade em si, mas precaver incautos pelo perigo da excessiva credibilidade em médiuns, e o endeusamento destes pelas revelações que possam trazer, e acima de tudo relembrar João, o Evangelista quando advertiu : "Não acrediteis em todos os Espíritos, mais provai se eles são de Deus.", ou seja , se dizem a verdade...
Quem queira se aprofunda na metodologia e terminologia espirita sugiro os dois textos abaixo:
Controle Universal dos Ensinos Espiritas.
Fraude, mistificação e animismo.
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