Muito comum pensar que doutrinar Espíritos, consiste em
ensinar Espiritismo a um Espírito, doutrinar
ou dialogar com um Espírito, é algo em suma muito complexo, mas ao mesmo tempo
muito acessível, pois não requer santidade, como muitos pensam, ou que se esteja
dentro da casa espírita em uma reunião mediúnica, para que possa haver uma
doutrinação eficaz, mas é um somatório de tudo isso, sem esquecer a dose
incondicional de AMOR.
O espiritista não é santo, mas é alguém que esta buscando
mesmo que a paços lentos e trôpegos sua
autotransformação, ele tem o compromisso consigo mesmo em melhorar-se.
E este compromisso, consigo mesmo faz com que os Espíritos
que convivem a nossa volta como uma “nuvem de testemunhas”, como diz Paulo o
apostolo dos gentis ou dos estrangeiros como chamamos no Brasil, pessoas de
outros povos, vejam que nos melhoramos dia a dia, passo a passo , pensamento a
pensamento em nossa própria conquista, é de inenarrável importância.
Por quê? Podem perguntar alguns...
Porque em um dialogo esses Espíritos podem usar essas más
inclinações, ou os nossos atos errados, que muitas vezes retine na acústica de
nossa consciência cobrando-nos o deslize,transformando em sentimento de culpa, e
a culpa (como diz o Espírito Manoel Philomeno de Miranda por Divaldo Franco ) é
o plugue da obsessão, então conectado o plugue, já pode se dar inicio a uma desarticulação, de
uma construção negativa.
Neste momento é que se torna imprescindível o auto-perdão.
Pois se em um embate ele abre o rosário de meus erros, se
tenho essa consciência e tenho o compromisso comigo mesmo de que suas acusações não me alcançarão, e eu não
cairei em seu jogo de palavras e acusações, pois em uma doutrinação estamos
tratando de Espíritos doentes da alma, e a única coisa que pode torná-lo forte
em um embate espiritual é seu amor próprio, não no sentido egoístico que muitos
chamam de amor próprio, mas o amor por si e pelos seus ideais, e acima de tudo
o amor á humanidade em forma indistinta, pois se chegar ao ponto de faltar-lhe,
ou faltar-me argumento o amor assumirá o papel, e irá suprimir a razão.
O que levará o doutrinador, ou ao orientador encarnado ao
dialogo da desobsessão, será o sentimento de fraternidade, ou seja, você e eu,
iremos a reunião com o fim de atendermos nossos familiares, nossa parentela que
esta doente, então o que deve levar-nos ao trabalho é o sentimento de que
iremos atender nosso pai, nossa mãe , nosso irmão , nosso filho que esta
momentaneamente equivocado, e em erro, quando atingirmos esse patamar de
sentimento estaremos em plenitude executando o nosso trabalho, lembrando que
isso é sentimento real, não piegas.
Firmeza na conversa, ou seja, convicção, o doutrinador ele
não acha ou acredita, ele sabe de sua fé, pois sua fé não é cega, ela é raciocinada,
e se ele raciocinou sobre a pré-existência da alma e sua sobrevivência ao
tumulo, ele é convicto de que se ele orientar o Espírito que ele não vê, a
seguir outro que ele também, não vê, para conduzi-lo em segurança, muito mais
do que dizer é sentir todas as implicações do que diz.
Ainda no que diz respeito à firmeza é muito comum no trato
com Espíritos, um Espírito induzir o outro ou outros ao erro, subordinando-os e
utilizando meios como a hipnose, quando se fala em hipnose , estamos falando de
uma vontade aparentemente irresistível, ou seja, uma crença de se estar
submetido a uma vontade irresistível, então
se falamos com a firmeza e segurança, pode ser entendida como uma força
superior por quem recebe a carga de informação/sentimento a desarticular, quem sabe
uma submissão moral de anos, firmeza é imprescindível,
mas que não seja confundida jamais como militarismo ou atitude imperiosa, pois o trabalhador de Jesus ele vai para o
trabalho com alegria e gratidão pela possibilidade de servir, ele vai por espontaneidade
e não por obrigação, ele esta voluntariamente...
Então se o amor e a alegria de servir a causa do bem, que me
leva é que criamos uma sintonia com Espíritos, vinculado a esses sentimentos,
sintonia não se cria no momento que se atravessa os umbrais da casa espírita, aonde
o doutrinador ou orientador irá recolhe-se em momentos de prece para atender o
a trabalho que irá começar em minutos futuros, sintonia se cria através de
nosso olhar para o mundo em que vivemos e como entendemos e interagimos com
esses mundos, no trabalho, no lar na rua, e na sociedade, a casa espírita é
acima de tudo o somatório dos pensamentos de seus trabalhadores, pois o
objetivo de cada individuo soma-se a criar uma sintonia coletiva, sendo assim o
centro será parte de nós, como seremos parte dele, então sintonia que determinam
a interferência espiritual construtiva depende do que me acostumei a pensar,
falar , sentir e agir no mundo, ou nos mundos que se interligam.
O conhecimento doutrinário este funciona como vacina e
peneira, o conhecimento leva a certeza que por mais que estejamos sintonizados com
ideais superiores, que nossa condição moral seja das melhores, não nos
furtaremos de ter provas para avaliar o nosso entendimento e discernimento e
aprendizado, então no processo de aprendizado do médium, do doutrinador e do
grupo, então o conhecimento a cerca das verdades doutrinarias se faz imprescindível
a todos.
Falar com doentes da alma é levar o remédio do amor, com
amor, e pelo amor.
adoro todos os textos...obrigada por me deixar fazer parte disso tudo...
ResponderExcluirbeijos!