sexta-feira, 27 de abril de 2012

A doutrinação de Espíritos



Muito comum pensar que doutrinar Espíritos, consiste em ensinar Espiritismo a um Espírito, doutrinar ou dialogar com um Espírito, é algo em suma muito complexo, mas ao mesmo tempo muito acessível, pois não requer santidade, como muitos pensam, ou que se esteja dentro da casa espírita em uma reunião mediúnica, para que possa haver uma doutrinação eficaz, mas é um somatório de tudo isso, sem esquecer a dose incondicional de AMOR.
O espiritista não é santo, mas é alguém que esta buscando mesmo que a paços lentos e trôpegos sua autotransformação, ele tem o compromisso consigo mesmo em melhorar-se.
E este compromisso, consigo mesmo faz com que os Espíritos que convivem a nossa volta como uma “nuvem de testemunhas”, como diz Paulo o apostolo dos gentis ou dos estrangeiros como chamamos no Brasil, pessoas de outros povos, vejam que nos melhoramos dia a dia, passo a passo , pensamento a pensamento em nossa própria conquista, é de inenarrável importância.
Por quê? Podem perguntar alguns...
Porque em um dialogo esses Espíritos podem usar essas más inclinações, ou os nossos atos errados, que muitas vezes retine na acústica de nossa consciência cobrando-nos o deslize,transformando em sentimento de culpa, e a culpa (como diz o Espírito Manoel Philomeno de Miranda por Divaldo Franco ) é o plugue da obsessão, então conectado o plugue,  já pode se dar inicio a uma desarticulação, de uma construção negativa.
Neste momento é que se torna imprescindível o auto-perdão.
Pois se em um embate ele abre o rosário de meus erros, se tenho essa consciência e tenho o compromisso comigo mesmo de que  suas acusações não me alcançarão, e eu não cairei em seu jogo de palavras e acusações, pois em uma doutrinação estamos tratando de Espíritos doentes da alma, e a única coisa que pode torná-lo forte em um embate espiritual é seu amor próprio, não no sentido egoístico que muitos chamam de amor próprio, mas o amor por si e pelos seus ideais, e acima de tudo o amor á humanidade em forma indistinta, pois se chegar ao ponto de faltar-lhe, ou faltar-me argumento o amor assumirá o papel, e irá suprimir a razão.
O que levará o doutrinador, ou ao orientador encarnado ao dialogo da desobsessão, será o sentimento de fraternidade, ou seja, você e eu, iremos a reunião com o fim de atendermos nossos familiares, nossa parentela que esta doente, então o que deve levar-nos ao trabalho é o sentimento de que iremos atender nosso pai, nossa mãe , nosso irmão , nosso filho que esta momentaneamente equivocado, e em erro, quando atingirmos esse patamar de sentimento estaremos em plenitude executando o nosso trabalho, lembrando que isso é sentimento real, não piegas.
Firmeza na conversa, ou seja, convicção, o doutrinador ele não acha ou acredita, ele sabe de sua fé, pois sua fé não é cega, ela é raciocinada, e se ele raciocinou sobre a pré-existência da alma e sua sobrevivência ao tumulo, ele é convicto de que se ele orientar o Espírito que ele não vê, a seguir outro que ele também, não vê, para conduzi-lo em segurança, muito mais do que dizer é sentir todas as implicações do que diz.
Ainda no que diz respeito à firmeza é muito comum no trato com Espíritos, um Espírito induzir o outro ou outros ao erro, subordinando-os e utilizando meios como a hipnose, quando se fala em hipnose , estamos falando de uma vontade aparentemente irresistível, ou seja, uma crença de se estar submetido a uma vontade  irresistível, então se falamos com a firmeza e segurança, pode ser entendida como uma força superior por quem recebe a carga de informação/sentimento a desarticular, quem sabe uma submissão moral  de anos, firmeza é imprescindível, mas que não seja confundida jamais como militarismo ou atitude imperiosa,  pois o trabalhador de Jesus ele vai para o trabalho com alegria e gratidão pela possibilidade de servir, ele vai por espontaneidade e não por obrigação, ele esta voluntariamente...
Então se o amor e a alegria de servir a causa do bem, que me leva é que criamos uma sintonia com Espíritos, vinculado a esses sentimentos, sintonia não se cria no momento que se atravessa os umbrais da casa espírita, aonde o doutrinador ou orientador irá recolhe-se em momentos de prece para atender o a trabalho que irá começar em minutos futuros, sintonia se cria através de nosso olhar para o mundo em que vivemos e como entendemos e interagimos com esses mundos, no trabalho, no lar na rua, e na sociedade, a casa espírita é acima de tudo o somatório dos pensamentos de seus trabalhadores, pois o objetivo de cada individuo soma-se a criar uma sintonia coletiva, sendo assim o centro será parte de nós, como seremos parte dele, então sintonia que determinam a interferência espiritual construtiva depende do que me acostumei a pensar, falar , sentir e agir no mundo, ou nos mundos que se interligam.
O conhecimento doutrinário este funciona como vacina e peneira, o conhecimento leva a certeza que por mais que estejamos sintonizados com ideais superiores, que nossa condição moral seja das melhores, não nos furtaremos de ter provas para avaliar o nosso entendimento e discernimento e aprendizado, então no processo de aprendizado do médium, do doutrinador e do grupo, então o conhecimento a cerca das verdades doutrinarias se faz imprescindível a todos.
Falar com doentes da alma é levar o remédio do amor, com amor, e pelo amor.







Um comentário:

  1. adoro todos os textos...obrigada por me deixar fazer parte disso tudo...
    beijos!

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