E se você fosse Jó?

Segundo a Bíblia um dos personagens mais comentado na torá , conhecido como o antigo testamento, é Job ou Jó...
Jó era um homem, segundo a narração do livro que leva o seu nome, justo e temente a Deus, ou cumpridor de seus desígnios, mas segundo consta a narrativa, o "Diabo " ao observar a fidelidade de Jó a Deus pede-lhe para que o possa prová-lo, e consta que Deus assim o permitiu, e assim o fez...
Então o Rico Jó foi provado pelo "Diabo" que He tirou os bens materiais, infringiu doenças, levou-lhe os filhos, mas mesmo assim Jó guardou sua fé, e depois da superação da prova  tudo he foi devolvido...
Uma carta de Tarô que traz um simbolismo, por traz do desenho, e distante da leitura de sorte ou leitura do futuro, fala sobre a transitoriedade e vulnerabilidade da fortuna, "a roda da fortuna", que fala de ciclos que a vida faz , se te encontras em cima prepare-se logo mais estará em baixo, e se esta embaixo logo mais estará em cima, falando do transito dos bens materiais entre as mãos...
Longe de todo o simbolismo e mitologia, o espiritismo desvenda estes arquétipos ou tipos psicológicos dizendo-nos através das leis de reencarnação, que a riqueza e a pobreza são provas difíceis que escolhemos passar, e Manoel Philomeno de Miranda vai mais longe ao afirmar que : "Tênue é a linha divisória entre a sanidade e a insanidade mental, podendo cada um passar de um lado para o outro com a facilidade imensa".
Sendo assim com este conhecimento que revela estes mitos e símbolos desvelando-os ou revelando-os pergunto-me e pergunto-lhes...
Como agiria se fosse tirado de ti, de uma hora para a sua zona de conforto ?
O seu emprego?
O seu lar?
A sua esposa ou esposo?
Seu conforto?
Sua dignidade?
Sua identidade?
Pergunto-me isso ao ver moradores de rua agindo e reagido muitas vezes com ignorância...
Ou quando me olham com o olhar baixo, ou escondem-se de mim ou de si, quando dizem um apelido, negando seu nome sua origem seu passado?
Como eu agiria se meu pai fosse um alcoólatra, ou um dependente químico?
Como seria nascer e não ter um teto esconder-me em baixo de malocas transitórias, sem poder dormir a bem à noite, sem saber se alguém que tenha a mente em desalinho, e ou valores sociais invertidos dentro de si e vejam-me como um lixo social e venha tirar-me a vida?
Ou outro alguém equivocado em seus reais valores, por eu não possuir um documento oficial, que me revele um nome, reneguem o que vêem, me achem um pária, ou um lixo, e que ache que meu sofrimento deva ser poupado, e resolva tirar-me a vida, único bem divino no corpo que ainda resta-me?
Como agir uma sociedade tão pobre que é incapaz de doar-me um sorriso?
Quem é pobre?
Quem é rico?
Quem tem algo que não possa ser tirado...
Só os novos Jó's as margens das ruas e avenidas podem responder...
Até quando tens um lar?
Até quando terás equilíbrio?
Até quando viverás?
Ou o que realmente tens?
Outro dia conversava com um Jó em um centro de convivência e ele dizia-me, portador de câncer no fígado, depois de superar via quimioterapia e radioterapia, o câncer renascer, e ele continuava bebendo...
Olhei-o em seus olhos (opacos e sem brilho), que recentemente brilharam e disse-me se ganhasse na mega sena, que segundo ele jogara daria um milhão, a trabalhos como aquele para que mais pessoas fossem ajudadas...
Quando me vi podendo lhe retribuir algo, falei pra ele retirando de meu coração palavras que norteiam minha vida, palavras essas que muitas vezes para minha família dói,  me ouvireu dizer, não porque não o amo, mas porque sei da imortalidade, e sou convicto disso, falo e falei-lhe...
- Olhe para mim e diga o que vê e o que acha que tenho?
Ele olhou-me e disse-me vejo você e suas roupas e não sei quanto tem na carteira...
Falei-lhe não me vê e nem vê o que tenho.
Pois o que vê é roupa e o que eu não tenho...
Pois tudo isso de alguma forma devolvo a natureza, nos próximos segundos ou em alguns anos...
Tudo que tenho carrego comigo, e ninguém é capaz de roubar-me a riqueza, pois guardo aqui, apontando o meu coração...
Aqueles olhos sem brilho, que o sonho devolveu , nublaram-se e encerram-se de lagrimas e levando-me a abrir as comportas de lagrimas em meus olhos, e sucessivamente em cada lembrar...
Sorrisos se cruzaram, e meus pés alcançaram as nuvens, e alegria tomou conta de meu dia...
Quando o amor toca nosso coração, nossa vida se acende, e nossa luz expande-se...
Pergunto a você que dá o prazer de dividir esses momentos seus comigo...
O que tens tu?
És pobre ao ponto de não ter um sorriso a dar, ou rico ao ter um coração, ou um tempo a doar?
Como é o teu olhar fora do teu mundo?
Como é a razão longe de tua razão?
Como é o mundo de seu filho, de sua esposa, do seu vizinho, dos que compartilham a vida com você?
Como seria o mundo se lhe tirasse tudo isso?
Distribua caminhões de desejos de "bom dia", a quem cruzar nas ruas, pois este teu "bom dia" pode mudar o dia de alguém, este teu "bom dia" poderá multiplicar inúmeros "bons dias"...
Recebo diariamente um jornal de um senhor, que ao entregar, entrega a todos sempre cantando, e sempre uma frase de suas musicas me levam a pensar, outro dia ele cantava sobre Jesus fazendo com que meu dia iniciasse refletindo o mestre, no outro cantava "saudosa maloca" levando-me as lembranças de minha infância quando meu pai ouvia na TV musicas dessa época e faziam seus olhos brilhar e lembrar-se de sua juventude quando ia de bonde a igreja da Penha.
Esse entregador de jornal gratuito sabe o que faz em minha vida?
Não, pois ainda não lhe disse...
Mas diariamente toca minha alma, com a sua, ao cantar...
Mas ele apenas quer cantar...
Por isso repito o que vê e lê no cabeçalho deste blog.
Levante a cabeça, encha o pulmão de ar, e o coração de amor deixe que sua alma cante por suas mãos, e brinde o mundo.
Brinde o mundo com amor, e diuturnamente o amor brindará em seu mundo levando-te ao Céu...
AME.