Um menino criado em uma religião ortodoxa, embora de renovados conceitos,
recebe-lhe sublimes lições sobre Jesus, Deus, este por sua vez bebe como água a
saciar-lhe a sede.
Senta-se aos primeiros bancos e ao nobre condutor de almas, elege como Terceiro Pai
, já que o primeiro era Deus, segundo seu genitor.
Cresce e aprende a ler, ansiando ler as Sagradas Escrituras, e mergulhar
no que acredita ser o universo divino.
Os anos passam o conhecimento cresce, nascem duvidas, questões não
respondidas não cessam o desejo de saber, só que não respondendo básicas
questões, eram suficientes para colocar antigos heróis e modelos em xeque.
Mais o mais doido de todas as duvidas, era avassalador...
Como pode alguém ser feliz em um Céu sendo que pessoas que amam estão
condenadas ao inferno?
E o pior que condenar criaturas ao inferno era condenar criaturas boas
ao inferno...
E essa criatura boa, era seu Pai, seu genitor, que se desvelava e
desvela-se para dar o melhor dentro de suas mais estreitas possibilidades, simplesmente
porque esse ser, ainda não tinha entendido a adorar Deus, em espírito e em
verdade, pois ele segundo outras opiniões era idolatra, pois seu templo
religioso possuía imagens, de indivíduos que eram e são ditos santos...
Há que Deus era este? perguntava-se o jovem.
E as respostas não vinham...
Sua fé dentro de seu entendimento e sua forma de cultuar e adorar a Deus
eram aquela não mudaria...
Nossa aquelas afirmações rasgavam noites, tirando o sono...
Como podes Pai, justamente o senhor que me ensinaram ser todo bondade,
condenar este pobre e nobre homem...
Descri...
Na descrença tropecei e cai...
Rompido os laços com eterno... Assim pensava o jovem...
Mas o eterno não rompera os laços com o jovem.
Como assim declarava, o jovem já que, por amor a quem ele via e o amava,
e ele admirava suas lutas e amava seus atos, sem pensar mais decidiu, pelo
abandono a Deus, agora fadado ao inferno, vou desfrutar-me dele...
Tudo o que no passado próximo era ilícito, bebidas todas, eram agora
licitas, cigarro chupeta do dito demônio, era adereço predileto do jovem.
Maconha era a ervinha do capeta a levar á viagens sem sair do lugar,
paixão pela cocaína foi um pulo certeiro, do consumo para venda, para que
sustentasse o novo vicio, uma certeza, o crack não ter viciado
nesse foi uma benção , não ter residido nesse submundo tenha embora
experimentado, graças a proteção divina não ter ficado dependente.
Decepcionado com "Deus" nasceu um usuário de drogas...
Quando mergulha nas drogas perde o sentido de viver, morre...
Mas por outro lado seres que amavam o jovem junto com Deus, seus Anjos
com singelos nomes Mãe e Irmã , não desistiram sequer um minuto dele.
Sua Irmã chega-se a Doutrina Espírita depois de muito andar , enquanto
sua mãe permanece em sua fé remanescente, sem saber de nada do que passava
passou na cabeça do jovem, apenas decidem orar...
Sua mãe quando ele chegava em altas madrugadas em seus ápices de
preocupação, pronta a explodir de raiva que o filho causava , ouve uma
voz que determina "Não brigue. Ore", obediente que és ao divino
convite obedeceu...
E o jovem ao chegar a altas madrugadas encontrava a sua mamãe ajoelhada
sobre o leito de seu filho orando...
Em bairro distante sua irmã banhada pelos ensinos espíritas utilizava a
pratica de o Evangelho no Lar, as quartas feiras dirigidas aos seus irmãos e
aos domingos pelo seu lar.
O jovem em sua vida, sem saber que mundos uniam-se por amor, continuava
em sua jornada de desperdício de vida.
Quando em um belo dia em sua ultima incursão ao mundo da ilusão, vê seres
que se alojam por trás de si e de seus companheiros para partilharem da droga,
assusta-se, quase se borra de medo, mas contem-se com medo de ser
ridicularizado entre os pares, mais logo outro começa a descrever o que ele já
via, mais num fenômeno que parecia que dois seres uniam-se sem que tomassem
lugar um do outro, era uma parceria assustadora, mais era uma parceria...
O medo era de todos e o grupo dispersou, na inglória corrida de fugir
dos invisíveis, de sua consciência, encontrou sua mamãe, que o convidou a ir ao
templo religioso onde originou sua trajetória, mais sua mãe sente que algo lhe
falta.
E faz um convite que feriria sua duvida até os dias de hoje...
Filho sei que já não sentes mais o mesmo amor pela antiga fé, que tanto
amavas em um passado próximo, então filho de minha alma, porque não tentas te
encontrares junto, aos espíritas , pois sua irmã e seu irmão se melhoram muito
já, quem sabe não ajuda você...
Pego de surpresa e com medo, considerou a hipótese, surpresa pois
foi um ponto para questioná-lo, quanto ele estava distante de sua família e de
seus amados , pois nem sabia que dois de seus três irmãos tornara-se
espírita...
Sua irmã feliz que ele ligou reticente ...
Mas querida irmã não encontrarei junto aos espíritas um altar onde devo
curvar-me diante de imagens?
Não respondeu-lhe levando-o a decepção...
Pois dentro de seu saber limitado que julgava ilimitado e pensava tudo
conhecer, caia de seu pedestal ridículo.
E o Diabo?
Pare com isso disse ela: Ele não existe, pare de pensar sobre o que não
sabe e descubra se quiser e puder.
Foi a casa espírita, não viu nada do que imaginava que veria, não ouviu
nada que imaginava que ouviria, ninguém quis torná-lo espírita.
Quer algo mais intrigante que isso na cabeça de um jovem convencido, por
nada e por ninguém...
Resolveu investigar, quando mais estudava mais amava.
Passou pelo atendimento fraterno, levando o atendente fraterno ao
pranto, pois este entrou em sua narrativa, sonhos e decepção levando o
assistido e ao assistente ao pranto, nunca foi olhado em seus olhos tão
profundamente, o jovem via no atendente seu Avô que nunca o teve , e o
atendente via o neto no jovem , e via todos os jovens naquele jovem.
Para o rapaz um nome se perdeu ao longo dos anos, mas um olhar o marcou,
o olhar de um espírita em seus olhos insculpiu em sua alma a frase, nos
tua família física e espiritual te amamos.
As flores de uma nova primavera seriam diariamente colhidas, pois cada
livro o dizia de Deus e de amor...
A escuridão do inferno tinha sido clareada apartir daquele momento com a
luz do amor infinito...
Extinguiu-se o inferno, o cárcere da consciência e foi aberto
trazendo o alvorecer de Jesus.
Não mais éramos criaturas, pois nunca o fomos, só na errônea forma de
entender o excelso Pai, descobrimos que sempre fomos filhos, e que esse Pai
compreendia-nos em nossa infância, em nosso infantil jeito de entende-lo e
amá-lo.
Que religiões representavam e representam apenas formas de entender
Deus.
Pois somente é possível senti-lo no amor, amando.
Assim a antiga ovelha descobriu-se ave, Ave Fênix...
Fazendo-se chama tornando-se cinza e das cinzas renascendo.
Tu és Fênix, voe o universo te aguarda.
Fênix sou Eu..
Da lama á chama...
Fênix és tu ...
Fênix és tu ...
Peço que se gostou ou não do que leu deixe-nos um comentário, ou mande-nos um email com suas duvidas e criticas, ou sobre o que gostaria de saber sobre a visão kardeciana que dará ferramentas para outro artigo.
Nosso email : ricardo.kardeciano@hotmail.com
Paz e Bem sempre.
Ricardo,
ResponderExcluirLi o texto e refleti.
Agora, compreendendo o texto, percebi, uma verdadeira lição de vida...um jovem que para concretizar seu aprendizado reforça suas escolhas em experiências difíceis que trouxeram sofrimento para ele e a sua família. Buscava incessantemente, algo que fosse racional e que lhe tocasse o espírito. Como não conseguiu encontrar, caiu em desespero entregando-se as drogas...precisou chegar ao fundo do poço, o inferno íntimo para depois, voar. E a sua nova descoberta,preenchia seus anseios e questionamentos, libertando da sua fixação mental destrutiva e construindo nova sintonia com o bem. Como a fênix que ressurge das cinzas e galga altos vôos!
Assim desmistifica a fantasia de que ser melhor é só querer... é preciso desconstruir para construir, e as experiência são necessárias e cada espírito precisa de caminhos diferentes.
Não sei se me fiz compreender,pois meu conhecimento é limitado, sou prolixa.
Um grande abraço, amigo, se assim o posso chamá-lo.