domingo, 2 de setembro de 2012

O Espirita e o Espiritismo em tempos de politicagem

Quando estamos em ano eleitoral, é muito comum ver indivíduos ligados a politica procurando os templos, para subir nos púlpitos ao lado dos sacerdotes, para que peçam bençãos em forma de oração e rezas para suas candidaturas, mas que na realidade querem votos, e isso acontece também com os Centros e Federações espiritas...
Lembro-me que aqui em São Paulo há alguns anos atrás, um Vereador que jamais e graças a Deus, nunca mais foi reeleito, lançou o " Dia do Espirita " em 18 de abril , para homenagear-nos por ocasião do lançamento de o Livros dos Espíritos, e nascimento do Espiritismo em 18 de Abril de 1857.
Conforme minha memória sem datas não me falha, uma recém criada Revista que visava divulgar a doutrina o apoiava, e lançavam um Jornal de Numero "ÚNICO", pois nunca mais o vi em circulação, quase todo ele falando do Vereador que coincidentemente se lançaria a reeleição no mesmo ano, e acabou ganhando para minha posterior tristeza, o fato se dá que mandei um email á época ao Editor Responsável da referida revista onde questionava sobre o perigo de vincular a doutrina com a pessoa, o editor foi um tanto ríspido ao responder-me defendendo o candidato.
Algum tempo depois este candidato lança um projeto onde tenta impedir a entrada de nordestinos em São Paulo, projeto este que o deslocou do cenário politico paulistano...
Tivemos um individuo que entendia a importância do 18 de abril para a historia dos espiritas, mas não entendia o que prega o espiritismo no que tange a fraternidade e nossa filiação divina, ignorava a constituição que nós dá o direito de ir e vir por todo o nosso território Nacional...
Não quero contribuir com o paradigma que todo politico é ruim, ou que queira ver o povo pelas costas...
O que quero chamar a atenção é para que tenhamos consciência politica ou que tomemos essa consciência. 
Que não votemos em um individuo simplesmente pelo fato de decretar o dia disso ou o dia daquilo, mas que tenha um projeto social importante para ser apresentado para a cidade onde residimos.
Onde esses projetos não beneficie a pequenos grupos, mas a sociedade.
Que seja consciente e consistente no que deseja.
Que seja claro e que tenha palavra...
E para isso não precisa ser espirita, pode até não ser.
E que se for espirita que obedeça as padrões anteriores.
Ser Espirita é ter compromisso com a perfeição ou seja, é comprometido com sua própria consciência em se melhorar a cada dia, Ser Espirita NÃO é ser PERFEITO, por isso não é ponto relevante e exclusivo para  influenciar o nosso voto.
Muito embora saibamos que o "Espiritismo caminha com os homens, e apesar deles",  é importante não macular a quem amamos, e principalmente quando quem amamos é o espiritismo uma proposta para um impulso para evolução da sociedade.
Que o espiritismo seja usado pelos políticos para estruturarem sua ética e compromisso social, sua pedagogia para mudar o mundo. que usem a filosofia espirita para resolver intrincados problemas sociais da humanidade, que a moral espirita possa nortear a forma como o politico olhe a sociedade e tente resolver seus problemas...
Mas digamos, NÃO,  a quem queira usar o espiritismo como trampolim eleitoral, pois como diziam os Surfistas de minha época " Surfar na crista da onda", ou seja, estar em evidencia, ser a moda ou da moda, o momento ou do momento, neste momento para alguns o espiritismo esta na crista da onda.
Hoje a crista da onda é abordar a temática espirita.
Hoje a crista da onda é ler livros psicografados.
Hoje a crista da onda é lançar filmes com temática espirita.
Hoje a crista da onde é André Luiz , Chico Xavier...
Mas para espirita o que jamais deixará de ser  crista da onda ou a balança será, o bom senso...
O espirita jamais deixará que pensem por ele, mas pensará por si mesmo.
Pois ao espirita é ensinado que duvide, que tire provas que experimente, que raciocine no que acredita.
Que seja um individuo que tente seguir os passos de Allan Kardec no quesito "bom senso", pois como definiu Camille Flamarion ele foi o " bom senso encarnado".
Pensemos no papel de um vereador e prefeito...
Siga-o em sua rede social questione-o veja seus projetos, salve seus projetos , e cobre o cumprimento de cada um deles por meio da internet, assim estaremos cumprindo o nosso papel de cidadão e de espirita , que é cidadão do universo em aprendizado, que exerce sua cidadania na escola que se encontre matriculado.
Pois o cidadão espirita ele não pertence a classe A, B , C, D ou E, ele não é preso a um CEP, ou pobreza ou riqueza, o cidadão espirita ele trabalha pelo todo, pois ele sabe que se ele esta na terra para trabalhar pela igualdade.
Vote consciente...
Saiba em quem vota e porque vota, essa é tua escolha , e a tua escolha reflete em nossa vida...

6 comentários:

  1. Compartilharam este artigo ontem a noite, li, e prometi que voltaria para dar uma palavrinha. Graças a Deus, aqui estou.

    Sou meio conservador. Tenho sangue inquisidor. Para minha salvação, o espiritismo me encontrou, porque eu já estava com vontade de tacar fogo em muita gente. Não gosto de pessoas que se escondem atrás de palavras bonitas, abraços, confraternização, tapinhas na costa; tudo isso sem amor, só interesse.

    Neste caso, me sinto melhor sozinho.

    Ao ler este texto, o coração logo sinalizou: é disso que o espiritismo precisa. O espiritismo precisa de pessoas que digam logo o que tem que dizer sem choro nem velas.

    Precisa de sangue novo. Novas perspectivas. Novos pesquisadores. Não precisa de espíritas, necessita de espíritos compromissados, encarnados ou desencarnados, afinal de contas não é fácil para ninguém, nem os daqui nem os de lá.

    Todos têm as suas dificuldades e precisamos nos unir e compartilhar; encarnados com desencarnados. Se conseguirmos melhorar a qualidade dos pensamentos, poderemos nos ajudar mutuamente. Antes, para fazermos isso, precisamos fazer uma big de uma limpeza: jogar fora o que não presta, levantar os móveis e fazer aquela faxina.

    Certa vez escutei um palestrante falando que precisamos de espíritas nos mais diversos departamentos da vida. Concordo, desde que isso não seja agora, porque a grande maioria ainda não estão certos do que estão fazendo. Segundo Nicolau Maquiavel, em O Príncipe, política é a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o próprio governo.

    Antes de tudo, acredito que para governarmos os outros, é preciso em primeiro lugar, governarmo-nos a nós mesmos. O político deveria ser um líder. Líder nenhum leva o seu povo para o buraco; ele guia, aperta quando preciso, mas enaltece quando necessário. Não busca seus interesses. Ele ama. Se a gente fizer uma reflexão, rapidamente, dá-se para chegar a conclusão de quem é líder e quem não é.

    Concordo sem sombra de dúvida, quando você cita vários exemplos de interesses. Apostolo Paulo, para mim, foi a única pessoa ate agora, que conseguiu se aproximar do entendimento do que seria "amor", e algumas das citações é a de que o "amor" :

    - é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
    - Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
    - Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
    (1 Coríntios 13:4-6)

    Não é bíblia? Então esta aí. Distorçam os fatos. Eu por exemplo, nesta minha atitude de estar escrevendo agora, segundo os versículos acima não tem nada a ver com amor.
    Não tem mesmo, pois estou com rancor.

    Mas não estou aqui para se desculpar, e sim, para agradecer a oportunidade de ter lido este artigo. São textos como este, é que me dão a sensação de que estou no caminho certo; pois consigo ver, que como eu, existem mais espíritas neste planeta adentro que estão engajados no processo de educar.

    Com palavras simples, diretas e que machucam, tudo isso sem rebeldia ou má criação. Que tiram o joio e deixam somente o trigo.

    Com qualidades e defeitos, tarefeiros somos.

    Obrigado.
    Marco Bueno
    www.educacaoespirita.com.br

    ResponderExcluir
  2. Observo na Didática Espírita um infinito de possibilidades a nos orientar em todos os campos da vida social e pessoal (principalmente)... Tendo em vista a dificuldade à informação de todo teor... Tendo em vista o coração sincero e dedicado de todo espírita cristão... Não há por que lhe negar a 'consciência cidadã'... Saber do valor do voto (sua opinião de como governar e como cobrar de seus representantes)... A política (como todas as portas ao poder) sempre será alvo de oportunistas e desavergonhados... Que tal à coragem espírita (de vencer o mundo) abrir clareiras por este campo que é impessoal e visa o bem comum... Creio que falta ao espírita ou ao movimento social que o representa esta orientação permanente... Aprendemos a lidar com os que 'vem de Deus' e nos descuidamos de valorar os confrades corajosos que atendem aos reclamos da gestão social? É irmão até lembrar que precisa de seu voto? A omissão é o maior crime que nossa sociedade tem cometido... O Livro dos Espíritos... Já nos afirmou 'também somos responsáveis pelo Bem que deixou de ser realizado'... Lidamos com o invisível e nos adestramos para esta tarefa de lidar com a realidade completa do ‘espírito integral’ e nos descuramos ‘do homem integral’ inserido na rede social... Só se fala em política em época de eleição... Que tal criar um mecanismo de vanguarda (espírita) capaz de gerar representantes ou eleitores... Dentro da didática do Bem, funcionando, fora do pleito? Acredito que isto não seja politicagem...

    ResponderExcluir
  3. Tenhamos esperança que desta vez o povo consiga discernir entre o aproveitador e o correto.

    ResponderExcluir
  4. Esse artigo é maravilhoso vou até compartilhar para que outros o leiam.

    ResponderExcluir