sábado, 28 de julho de 2012

A cura nos dois mundos




Para quem tem contato com Espíritos sofredores e ou ignorantes o fato deles narrarem frio e calor, angustia e dor. Mas como se processa isso já que não tem mais um corpo físico?
Acho que todos de alguma forma ou em algum dia ouviram falar em gravidez psicológica ou aparente gravidez, havendo desde mudança no corpo da mulher como uma verdadeira gestação.
Hoje existe varias doenças que são catalogadas como psicossomáticas, ela nasce na mente e repercute no corpo.
Mas os Espíritos não tem o corpo para repercutir...
A mente em desalinho faz com que acredite sentir essa dor, então gera o sofrimento que Allan Kardec chamou de moral , por não ser físico.
Como o perispírito ou o corpo espiritual ele sofre a influencia da mente, por ter plasticidade, muda conforme   a vontade do Espírito.
Então o que gera o sofrimento e faz sentir o sofrimento é a mente.
Para ajudar a superar esta sensação se faz necessário que mude o pensamento, o seu foco.
Quando vemos o filme Nosso Lar lembramos, a tentativa frustrada de André Luiz quando tenta ajudar a sobrinha de Lisias, pois enquanto ela lembrava de seu sofrimento infligia no corpo este sofrimento.
Desligar-se do mundo material e da materialidade causada por ele e as dores causadas pelo contato com  a matéria o faz com que deixem de sofrer.
E isto se aplica também a nós que estamos encarnados, sofremos muito por ocasião de nossos pensamentos, do que acreditamos, desejamos, e magoamos, e as magoas que guardamos.
Aparece então o conhecido conceito oriental: "mente sã, corpo são".
O mudar a qualidade e o estilo de nossos pensamentos faz com que o mundo a nossa volta mude.
E as companhias mudam.
Quando eu cultivo pensamentos positivos tudo a nossa volta ganha ar de positividade.
Se você sai de casa de mal humor, alguém no ônibus pisa no seu pé estragou mais ainda seu dia, ai se xingar  e ainda recebe um xingamento de volta você legou seu dia ao mal humor.
Se faz ao contrario, se acorda de bom humor abençoando seu dia e o dia das pessoas desejando um bom dia, você acaba legando ao bem, mesmo se pisem em seu pé você superará e dirá : hoje ninguém estraga o meu dia e não estraga mesmo.
Existe um pensamento de Sidartha Gautama que acho fantástico e define bem.
" O sofrimento é universal."
" A causa do sofrimento são os desejos egoístas."
" A cura do sofrimento esta em livrar-se dos desejos egoístas."
Jesus o médico de homens, almas e Espíritos receitou-nos o remédio.
"Ama a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo."
Só ama o outro quem ama a si mesmo.
Quando o amor toca-nos o entendimento de como somos, onde estamos , conduzi-nos aceitar-nos perdoar-nos, o perdão liberta-nos da culpa, e passamos e sentir o bem em nós, todos os bons sentimentos passa a querer buscar o outro para dividir, e vemos o outro como são e aceitamos sem cobranças e sem pesar.
E quando perceber estamos curados pois a causa de nossos sofrimentos não existem mais, e ação da mente sobre a plasticidade de nosso perispírito, cura-o e temos uma verdadeira cirurgia espiritual.
Pois a cura dele foi moral, ele foi no âmago da dor, em nossos vícios morais e físicos.
E contagiar aos outros com o que sentimos é conseqüência no dia a dia...
Por isso disse Jesus:
 " Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai se não for por mim."
Ele que dizer ensinei-lhe a amar vem comigo pois o amor é o caminho a verdade e a vida.
Amor, eis o sublime remédio de todos os males.



Ricardo de Lima



Apenas uma Prece



Senhor!
Deixe-me ser a voz dos esquecidos, dos excluídos e dos humilhados.
A voz das mãezinhas que vivem ao léu.
Dos que chafurdam no lodo e vivem engodo da droga bebendo seu fel.
Que traduza o seu sorriso, seu sonho, sua lagrima.

Permita Jesus que eu te siga, e te encontre no templos da caridade onde o amor gera a humanidade
E que eu carregue a humanidade  dentro de mim.
Que todos os meus atos palavras e gestos sejam teus.

Oh! Senhor...
Que eu persevere no bem, sem tropeçar no mal a não ser para iluminá-lo.
Se conosco hoje e sempre.

Ricardo de Lima

A síndrome de Pilatos que adoece o mundo.





Quem foi Pilatos?
Pilatos segundo a Bíblia foi Governador da Galileia, de acordo com a nomeação do Império Romano.
Quando os sacerdotes lhe apresentaram Jesus para que o julgasse segundo as leis romanas, ele em uma posição individualista para não se envolver com a morte injusta de um homem pediu que o enviassem a Herodes, que por sua vez se recusou a se envolver na condenação de um homem justo e passou o problema para Roma, voltando para Pilatos.
Pilatos por sua vez buscou uma nova forma de se esquivar de livrar da insanidade em condenar um homem justo, deu ao povo o poder da sentença, então o fanatismo e a injustiça o condenaram, triunfando o egoísmo e orgulho dos sacerdotes em manterem-se como parasitas sociais, e os filhos do egoísmo e do orgulho triunfar que é a omissão e o individualismo.
E tenho visto com grande pesar estas doenças do egoísmo se multiplicar...
A omissão e o individualismo tem sido eleito como postura natural e confortável.
Tem muita gente que vê um homem espancando uma mulher e nada faz pelo paradigma envelhecido.
"Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher."
Temos uma casa que me abriga e quero uma maior para  receber os amigos e fazer churrasco...
Tenho um apartamento que me acolhe, mas quero uma cobertura para morar sozinho ou em grupo bem reduzido...
Não vemos nada de ruim ou de errado possuir bens materiais que nos tragam conforto...
E o meu irmão que nada disso possui?
Eu trabalhei para conquistar tudo isso... 
É Justo.
Mas e os outros tiveram sempre um trabalho digno para que como você adquirir o mesmo que você?
Quero meu filho nos melhores colégios...
Mas todos, assim como meus filhos, não merecem o mesmo nível de educação que eles?
Se meu filho adoecer quero os melhores médicos para eles...
Mas os melhores médicos não são merecidos pelos filhos de outros pais?
Se meu filho derrapar na droga eis de levá-lo para uma clinica para que o levante da lama que o encontra.
Mas porque os filhos de outros pais poderiam ver seu filho chafurdando-se na lama?
E as pessoas que moram na rua?
Alguns me poderão dizer colhem o que plantaram...
E eu lhes pergunto:
Eles não poderiam ser o vosso arado pronto para que eu e você plantemos o amor?
Nossos filhos estão protegidos...
E o filho dos outros pais estão protegidos?
Se meu filho derrapar na delinqüência não quero que ele seja conduzido a estes presídios, pois são desumano o tratamento e antes são uma universidade do crime do que um centro de reeducação...
Mas porque aceito que os filhos de outros pais tenham seus filhos neste tipo de internamento?
Mas isso é culpa do Governo.
Mas quem elege o Governo?
E o que faço eu pela sociedade onde eu moro?
 "Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim.
Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
Quando foi que te vimos peregrinos e te acolhemos, nu e te vestimos?
Quando foi que te vimos enfermos ou na prisão e te fomos visitar?
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes". (MT 25, 34 -40)

Eis a grande pergunta:
Quando a nossa e a omissão nos lega a ignorar isso, viramos as costas para Jesus?
Quando deixamos de fazer isso ao nosso próximo deixamos de fazer a Jesus?
Qual o papel do Cristão no mundo?
Acender a luz embaixo da cama ou colocar ela o mais alto para que ilumine mais?
Allan Kardec dilata inda mais este conceito de Jesus quando faz aos Espíritos a seguinte questão em (642 ) O livro dos Espíritos:
Será suficiente não fazer o mal, para ser agradável a Deus e assegurar uma situação futura?
Resposta: Não: é preciso fazer o bem, no limite das próprias forças, pois cada um respondera por todo mal que tiver ocorrido por causa do bem que deixou de fazer.
Se ainda resta um duvida vou reescrever a resposta dada a Allan Kardec pelos Espíritos.
Somos responsáveis pelo bem que deixamos de fazer, e pelo mal decorrente deste bem não praticado.
Este texto leva-o a repensar e convidar para rever estes conceitos e levar o elixir do amor ao mundo, através da mudança de nosso mundo.
A proposta espírita que é também cristã, é de amor, é de ser SOLIDÁRIO, e não solitário.
A proposta de Jesus é de fazer ao outro o que gostaria que o outro fizesse por você.
Como diz Geraldo Vandré na Musica "pra não dizer que não falei de flores".
"Vem, vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer..."
Se já aprendeu amar, então ame.
Se o amor pulsa em teu peito, deixe que ele guie teus atos...
Se o amor é vida contagie com amor outras vidas...
Pois como disse Rui Barbosa.
"A vida só é bem vivida, quando esta envolvida na vida de outra vida."
Ensinou-me essa frase um morador de rua ou um irmão em situação de Rua em Fortaleza - Ceara.
Pois antes entendi Paulo Freire " Onde quer que haja homens e mulheres a sempre o que ensinar, há sempre o que aprender".
O único mandamento do Cristo é:
 "Que vós ameis uns aos outros".
E o traço de reconhecimento dos Cristãos:
" Os meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem".

Ricardo de Lima



quinta-feira, 26 de julho de 2012

Para que estamos na Terra ?


Depende de quem responde esta pergunta teremos pelo menos três enfoques diferentes em relação a isso...
Mas peguemos as duas correntes de pensamentos mais comuns na atualidade.
Alguns dirão que fomos predestinados por Deus...
Como seria este entendimento de predestinação?
Os indivíduos nasceram e foram escolhidos por Deus que tem um "plano" em sua vida, isso o tornaria filho enquanto aos outras apenas criaturas.
Outros diriam que esta aqui para que seu conhecimento seja provado e  por isso sofre em suas provas, ou esta em expiação.
Cada um representa em si uma parcela da realidade, ou da verdadeira razão de estar aqui...
Por quê?
No que a predestinação é verdade do ponto de vista que todos estão predestinados a felicidade, quanto a filhos de Deus todos somos, quer alguns queiram ou não.
Estamos também em provas e poderemos estar também em expiação.
Mas isso não é o grande motivo de estar aqui, ou em outro mundo com a mesma característica.
O que te traz aqui é pedagogia divina para que aprenda...
"Onde quer que haja homens e mulheres há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender" Paulo Freire
O aprender significa tomar posse do conhecimento de forma que ele fique inserido em você e em mim.
O processo de aprendizado é apropriar-se do conhecimento e exercitar este conhecimento, de forma que as atitudes de amor se tornem naturais como andar, pensar, fazemos isso com naturalidade, quando em nossa infância tomamos o conhecimento com as letras precisávamos juntar letra por letra e na junção com o som e símbolo eu entendia o que estava lendo, depois passamos a ler palavras como conjunto de letras, e a leitura consecutiva de livros, tornam cada vez mais rápida a nossa leitura, tudo porque aprendemos a ler.
O objetivo do aprendizado é depurar e exercitar o que temos ao longo do tempo aprendido.
Neste momento é que entendemos o papel do laboratório no aprendizado, ou o estagio para sedimentação do conhecimento.
Sendo assim muito mais que saber sobre a necessidade de amar, que eu preciso exercitar o amor, estes exercícios eles são cada vez mais complexo conforme a complexidade de meu entendimento e preparação.
Eu não dou para uma criança um livro científico para que ela aprenda a ler dou-lhe uma cartilha, depois lhe dou ensino-lhe os segredos da língua.
Precisamos desenvolver o amor e a sabedoria preceituou Emmanuel, são situações que exercitamos tanto uma como a outra, a sabedoria poetisa o amor, e o amor enternece a sabedoria.
Estando aqui para exercício de aprendizado e aquisição deste, lembre-se cultive o aproveitamento de cada minuto, pois cada um deles te impulsiona ao outro.
Dizem os Espíritos que estamos nos preparando para assumir nossa parte na criação.
Neste momento estamos necessitados de aprender a amar o outro como ele é, permitindo que o seja como quiser, mas que nos melhoremos sempre.
Aprender é tomar para si, exercitar aquilo é sedimentar.
Depois de ver por anos uma frase do Espírito Auta de Souza, "É belo dar quando se é solicitado, mais é belo é dar por haver compreendido."
Contagie o mundo com atos de amor que promove a paz e louva o bem.


Emancipação da Alma e Fenômenos decorrentes



Emancipação da alma é liberdade momentânea da alma, ou seja, quando o sono entorpece o corpo os laços que o prendem afrouxam-se lhe dando liberdade de ação, como o Espírito liberto do corpo.
A alma  como Allan Kardec definiu é o Espírito encarnado, muito mais que um aparente sinônimo é à base de inúmeras manifestações que já fazem parte da natureza do Espírito encarnado, enquanto no fenômeno mediúnico temos um fenômeno provocado.
Por exemplo, tenho um computador a minha disposição e o uso para manifestar meu pensamento através da escrita, para que o computador escreva meu pensamento, requer que eu provoque através do toque das teclas e manifeste o pensamento, o computador é o meio de comunicação e o agente que se comunica sou eu.
Então na comunicação mediúnica eu tenho um agente que usa um equipamento para se comunicar.
Então se não fosse o computador não teríamos este tipo de comunicação, mas mesmo assim poderíamos nos comunicar pela fala caso nos conhecemos e conversássemos pessoalmente.
Porque a fala é uma ferramenta que adquirimos com a evolução e manifesta-se naturalmente e mecanicamente.
Partindo desta comparação entendemos que existe fenômenos que mal compreendidos fogem o nosso entendimento sem que fuja da naturalidade.
O sexto sentido ou o sentido do Espírito ele sedimenta-se em nós pelo exercício e pelo impulso natural da evolução.
Quando nossa alma se liberta parcialmente do corpo, nosso Espírito se liberta ou emancipa-se estamos com as mesmas possibilidades dos Espíritos, pois assim o somos, se temos as mesmas possibilidades podemos nos encontrar com outros Espíritos e conversar com eles, em um fenômeno natural, ou seja, anímico, natural não precisa que seja provocado, não sendo provocado ele é seu, ele é de sua alma por isso ele é anímico.
E quem encontramos ou com quem nos relacionamos?
Esta é uma pergunta individual a cada um, sendo que cada um possa se responder...
Quais são suas afinidades, desejos busca?
Ou como Jesus definiu: "onde esta o teu tesouro, ali também esta o seu coração."
Entendamos que o que chamam de desdobramento, projeção da consciência, viagem astral o espiritismo chama de Emancipação da alma.
Além da possibilidade de comunicação com outros Espíritos que amamos familiares e amigos estes nos contam que estão bem e vivos, temos atividades diárias, mas nem sempre trazemos para o nosso cérebro essas lembranças, pois é em nosso Espírito que fica a nossa memória.
Outros fenômenos anímicos podem ocorrer e ser catalogado por ocasião da Emancipação da alma ou liberdade do Espírito encarnado...
A bi corporeidade o que é isso?
Bi corporeidade é seu Espírito estar em lugar diferente do seu corpo e você ser visto, às vezes tocado, e outras visto ouvido e tocado, como inúmeros casos ocorridos com Eurípides Barsanulfo.
A comunicação Espíritas entre os vivos, como isso se processa?
Estando momentaneamente liberto o Espírito ou a alma, está com as mesmas possibilidades do desencarnado pode buscar os mesmos meios de comunicação, partindo destes princípios, Allan Kardec fez alguns experimentos  para analisar esta possibilidade e divulgou na Revista Espírita, depois Ernesto Bozzano fez diversas experiências e lançou um livro com extrato destas experiências, o que eu quero dizer que o pode obter uma comunicação de uma pessoa estando esta em Espírito através da Psicofonia (fala por meio de um médium) ou Psicografia (escrita por meio de um médium).
Quando emancipado o Espírito pode algumas ter pré-cognições, ou seja, ver acontecimentos que podem vir a acontecer, mas que pelas escolhas de cada um podem mudar os rumos de cada um, pois uma escolha feita em segundos muda a trajetória de uma vida, ou elas ficam guardadinhas lá e até esquecidas, e ressurgem em fenômenos chamados D'javu (Em francês: Eu já vi).
Para não alongamos este texto falaremos de mais fenômenos anímicos mais tarde. 
Com este texto viso tentar resgatar nos espíritas a cultura espírita, ao utilizar termos que nos são próprios para interpretar o que acontece conosco e a nossa volta.
E levar a pensar que somos muito mais do que percebemos ser, e que precisamos a nos preparar para viver com dignidade este momento de liberdade, pois somos cidadão do universo estagiando no planeta chamado Terra para experiências que respondem pelo nosso atual estagio de evolução.
Pense nisso.
Mas pense agora.

Ricardo de Lima


Euripides Barsanulfo você assiste neste link o documentário:  Euripides Barsanul o Educador e Médium. 

Link para baixar:  Comunicação Mediúnica entre os Vivos de Ernesto Bozzano.

Link para baixar : Revista Espirita de 1858 a 1869 e outras obras raras 



terça-feira, 24 de julho de 2012

Morte e Desencarnação.



Entendemos a morte como a cessação da vida biológica.
Desencarnação a separação definitiva do Espírito de seu corpo físico.
O fato de ter ocorrido  à morte biológica não significa dizer que ocorreu a desencarnação.
Por quê?
Entendamos o seguinte o que prende o Espírito ao corpo?
O fluído vital existente em todos os seres e apropriado para cada espécie, este fluído vital ele atua de forma semelhante uma cola, que prende o Espírito.
Cada um de nós recebe uma cota de acordo com o com que venhamos desenvolver neste abençoado planeta escola, ou o tempo que nos propomos a estagiar por aqui ou em um mundo semelhante a este, com o passar dos anos naturalmente ele se extingue como uma bateria ou um combustível  em um carro.
Porque esta comparação porque havendo necessidade os Espíritos Superiores podem adicionar mais ou abreviar retirando-o.
Então quando uma existência se processa sem solução de continuidade a morte biológica se dá através da desencarnação.
Porque o fluido vital que prende o Espírito ao corpo extinguiu-se de forma que o corpo não mais consegue manter o Espírito, libertando-o com naturalidade.
Quando de alguma forma este processo natural é interrompido de alguma maneira existe uma necessidade de um tempo para o desgaste destes fluídos para que ocorra a desencarnação, o desenlace como é conhecido popularmente.
Significa dizer que em um caso que a desencarnação ocorra fora do que entendemos como padrão natural, venha causar dor ou sofrimento, pois existem mortes prematuras de forma violentas que são programadas visando um resgate anterior, nestes casos Espíritos já iniciam o processo antes do desencadear da morte violenta.
Em casos como suicídio direto, o tempo de desencarne estará atrelado ao que desencadeou o suicídio, a consciência da continuidade da vida as suas aquisições em nível de experiência espiritual, ou seja, podem ser beneficiados pela ignorância Espiritual e de sua condição, de seu papel no mundo.
O suicídio indireto  conforme a questão 952 de o Livro dos Espíritos, desdobrar e no da mesma, diz que:
O suicídio indireto é mais culpável, pois se teve tempo para raciocinar  sobre o que lhe auto infligia lentamente enquanto em casos de suicídio direto que o ser agia abruptamente, agia sem muito raciocinar.
O que seria O suicídio indireto?
É a agressão vagarosa através dos vícios, de errada alimentação para mais ou para menos, ou o uso de substancias que venham a agredir sua saúde como o excesso de álcool e medicamentos e tabaco e o uso de drogas entorpecente dos sentidos.
Como somos individualidades não podemos definir de forma igual à conseqüência individual, pois cada ser é um somatório de ações, merecimento, conhecimento.
Qual o procedimento ideal perante a morte?
Orar para Deus possa enviar os bons Espíritos para ajudar o individuo a entender compreender e aceitar e a prosseguir na antiga morada, que para muitos se apresenta como nova devido ao esquecimento do passado que também entorpece com mais afinco as lembranças da realidade espiritual, para que o individuo em experiência no mundo material tire total proveito desta experiência.
Sendo assim podemos interferir diretamente com nossas preces impulsionada pela nossa fé que funciona como veiculo de comunicação com nosso Pai, e que reverte em forma de bênçãos à pessoa a qual dirigimos a nossa prece, além da fé o amor como define Pedro em carta que leva o seu nome "o amor cobre a multidão de pecados", o amor pode mudar os rumos de nossas vidas impulsionando para Deus.
Fé, amor eis a energia pulsante e atuante no universo.
Morrer nem sempre significa desencarnar.
Mas em si representa uma etapa vencida e uma nova etapa iniciada, assim como nascer ou reencarnar...

Ricardo de Lima

domingo, 22 de julho de 2012

Quem tu és ?



Diz o ditado popular:
"Diga-me com quem andas que eu te direi quem és."
A leitura Espírita do ditado é assim:
"Diga-me quem tu és que eu te direi com quem andas."
Assim é em nossas relações cotidianas, assim também funciona para o coletivo das reuniões espíritas formando o que chamamos de sintonia.
Quando eu coloco isso, eu coloco como reflexão a nível grupal.
O que me leva para a casa espírita?
Estou na casa espírita como me posiciono em uma escola, que estou com a mente e o coração aberto para aprender, ou tomar para mim o conhecimento de forma que ele funcione como ferramenta de uso diário em minha vida, tornando-me melhor mais companheiro e fraterno?
Vou para casa espírita cumprir uma obrigação semanal ou quinzenal ou mesmo mensal para barganhar uma colônia espiritual após a morte do corpo físico?
Ou vou porque a mediunidade é para mim um fardo difícil e enfadonho de carregar e eu preciso me desincumbir para que meus "mentores" não me castiguem e eu sofra?
Vou à casa espírita inundar a platéia com meu profundo conhecimento e exclusiva capacidade de ensinar e interpretar a doutrina, de forma que eu sou a melhor forma de expressar e o melhor palestrante, ou melhor, escritor sobre as idéias, pensamentos e cultura espírita?
Olho nos olhos das pessoas que estão a minha volta como alguém pode partilhar lições de vida para o crescimento de todos?
O cargo administrativo que o possuo torna-me melhor?
A mensagem do evangelho ela serve para mim, para minha melhora?
Ou escuto a mensagem espírita e fico procurando ou lembrando-se de pessoas que deveriam ouvir aquela mensagem para que a vida dela melhore e a nossa em conseqüência?
Inúmeras são questões que podemos traçar para que possamos descobrir o que nos situa na casa espírita e fora dela estabelecendo em nós o canal, ou meio de conexão com o mundo espírita ou dos Espíritos.
O ambiente espiritual onde quer que estejamos será aquele que criamos para nós com nossos pensamentos atitudes e objetivos.
Quem tu és?
O quem eu sou?
O que busco?
O que quero encontrar?
O que eu vou compartilhar nasce de meu coração, ou do meu orgulho?
É prazeroso ou enfadonho?
Em nossa casa é um celeiro de paz ou um campo de batalha?
Nosso trabalho é um campo de semeadura de laranja ou um plantio de pimenta?
A dimensão espiritual individual ou coletiva em nossa vida esta relacionada no como nos relacionamos com o mundo.
Quem tu és?
Dirá com quem andas e como andas perante a sua consciência e será o meio de comunicação e aquisição no intercambio entre dois mundos...
Quem são os componentes do seu grupo espírita determinará com quem sintonizarão na casa espírita.



Ricardo de Lima


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Nina e Sisifo


Nina personagem de uma telenovela do antigo horário das oito agora chamadas acertadamente de novela das nove porque é apresentada após as 21h00min.
A trama da referida novela se dá em torno de uma vingança, que as entrelinhas vão construindo como um toque de Midas só que ao contrario, tudo que o rei Midas tocava virava ouro, enquanto tudo que o personagem com sua obsessividade pela vingança tocam, dá errado...
Lembrando as barganhas de Sísifo, rei de Corinto, que certa vez viu a filha de Asopo sendo levada por uma Águia e quando questionado por Asopo, barganhou com Asopo trocar a informação por uma fonte de água, resolveu em seu reino um problema da água, mas criou um problema com Zeus, por ter-lhe entregue a Asopo.
Este por sua vez envia Tanatos o deus da morte para aprisioná-lo, astuto, ele elogiou Tanatos, e com um pretenso colar prende-o com uma coleira, ao prender a morte  "conseguiu" driblar o seu destino, mas arrumou um problema ainda maior com Hades o deus do inferno e com Ares o deus, da guerra.
Hades imediatamente soltou Tanatos e ordenou que levasse Sísifo, e este por sua vez pediu à esposa que não o enterrasse, em presença de Hades pediu para que pudesse retornar ao corpo e fazer com que a esposa tratasse seu corpo como merecia, e ter seu funeral a altura, Hades concede-lhe o pedido, ele retorna e foge com a esposa e engana a morte pela segunda vez.
Sísifo morre de velhice, quando morre Zeus manda que Hermes o conduza á Hades, no Tártaro ele é condenado a empurrar uma pedra montanha acima, rolando quando chega ao cume, conhecido como o inútil trabalho de Sísifo.
Nina parecidamente com Sísifo onde toca deixa um rastro de dor e magoa, machucando quem passa e a ama em nome de um obsessivo mal, onde para atingir o fim permite-se ser vilipendiada, maltratada em nome de uma pretensa justiça que não lhe cabe.
De certa forma trazendo a tona os inúmeros e parecidos dramas dos anônimos Espíritos que vivem na erraticidade, chafurdando na lama de seus sofrimentos e dor em nome de uma pretensa vingança que o encarcerá levando ou impondo suplicio como o de Sísifo que jamais consegue atingir ao cume com uma pedra, que somente o impede de sair do lugar e avançar.
Este é o banquete que temos muitas vezes nos feito correr para assistir?
Nina envolve Betânia em sua vingança, levando-a tomar uma surra de sua rival, Carminha.
Nina envolve Mãe Lucinda em sua vingança causando-lhe brigas e desavenças, perdas morais e materiais.
Nina separa Max de sua esposa desencadeando uma mudança de hospedeiro, hospedando um parasita.
Nina magoa Jorginho que em uma fuga desenfreada de si mesmo, e em desequilíbrio emocional desestruturando suas relações inter pessoais, levados além da dor moral a dor física, e por sua vez interfere na vida de Débora que ama Jorginho.
Quando converso com Espíritos ignorantes do amor, os questiono, porque não se reconhecem criando problemas ainda maiores dos que já possuem, como se afundassem em sua própria lama, sentindo a sensação sufocante do ódio e da magoa, digo sufocante, pois quando me permiti sentir esse tipo de emoção foi como senti fisicamente, como se o ar subisse de volta para o pescoço e o sangue se concentrasse no cérebro, gerando impaciência e mal estar, impedindo de pensar agir, e até impedindo exercícios de respirar e quanto mais formular uma prece...
Acredito que o conservar deste sentimento e objetivo, é ou deve ser, viver minuto a minuto essa sensação, por isso é comparável o arquétipo de Sísifo, Nina e todos os encarnados e desencarnados que atem a vingar-se carregam sua pedra morro acima e voltando ao início, reiniciando seu flagelo, o perdão é o libertar-se da pedra sobre seus ombros, e caminhar vazio.
Quando Jesus propõe o amor como opção de vida ele diz: "O meu fado é leve, e meu jugo é suave."
Porque caminhar guardando magoa, ódio e rancor e rastejar quando pode voar, é escolher caminhar enquanto pode voar...
Perdão é para os fortes que tem a capacidade de enfrentar a si mesmo e optar por ir contra o que o mundo acha certo, e viver o que Paulo chamou de "loucura da cruz", pois enquanto e mesmismo dos pigmeus da humanidade condenava o Cristo à morte, esta mesma abria o caminho para a verdadeira vida, loucura da cruz consiste em tornar o aparente sofrimento em asas.
Loucura da cruz é a pureza do amor em perdoar a quem ofende e magoa...
Loucura da Cruz e carregar o fardo leve do amor, do perdão e viver a leveza de caminhar vazio, com o objetivo de amar...
A televisão serve o que escolhe que te sirvam...
O cardápio chama-se controle remoto...
Sintonize com o bom e o belo e sua vida se transformará.
Experimente libertar-se de sua pedra, se se sente Sisifo, aja para ser você mesmo...
Deixe que o amor te toque libertando-te...

Ricardo de Lima






                                                                                                                            



segunda-feira, 16 de julho de 2012

Eu só queria um trabalho.




Esta foi uma frase que ouvi de um morador de rua que chamarei de Gaúcho.
O Gaúcho saiu de sua terra natal no RS com destino a São Paulo alimentado pela lenda de que a referida cidade é o lugar da oportunidade.
Chegando a seu Eldorado, ao desembarcar na rodoviária do Tietê assim como muitos, foi roubada sua mala maior, e levado o dinheiro que trazia e achava que tinha guardado em lugar seguro, ficou com alguns documentos.
Nascia ali graças a esses conhecidos em sua forma de agir que muito mais que bens transitórios roubam, roubam sonhos expectativas e dignidade.
Gaúcho chega a uma das tendas conta seus sonhos e expectativas e toda equipe o incentiva a continuar, fica em um lugar de acolhida, enquanto sua identidade é emitida participa das oficinas sorrindo otimista, 
ele seguiu algumas dicas de emprego, procurou achou, passou pelo processo seletivo, foram pedidos os documentos ele radiante, depois que a assistente social deu-lhe uma declaração para comprovar-lhe o endereço, " a necessidade do CEP”, foi tirar as fotos, e saiu da tenda de convivência, radiante de começar o trabalho no dia seguinte…
Quando nas ruas da Mooca ele é novamente roubado e desta vez levam-lhe tudo, todos os seus documentos, seus sonhos e sua dignidade e sua sobriedade…
Encontrei o Gaúcho em outra tenda de acolhida bêbado e narra-me a historia, naquele espaço de tempo de sua chegada da conquista de emprego, nunca havia bebido…
Agora estava bêbado…
Questionando-me como agora:
Como eu consigo o certificado do ensino médio estando tão longe de minha casa?
Olhou-me com olhos úmidos dentro de meus olhos, disparando-me a frase que me apunhalou o coração     e levando-me as lagrimas , roubando meu sono e minha alegria, e fustigando minha alma…
"Ricardo eu só queria um trabalho… É pedir muito um trabalho? "
Aquilo dizia e diz a minha alma… Diz e ecoa assim:
"Eu quero honra. "
"Eu quero dignidade. "
"Eu quero uma vida produtiva. "
"Eu quero ser útil. "
Temos tantos assim na rua, que se perdeu, que roubaram sua dignidade, se ele perder o centro de acolhida que não acolhe os que bebem durante o dia, e se distanciar das tendas poderá sujar suas roupas e realmente ficar definitivamente a margem da sociedade, pois no momento que sujar suas roupas, será recebido pela porta dos fundos dos restaurantes, irão mudar de calcada ao ve-lo, irão abaixar a cabeça ao passar por ele, irão mudar de banco no ônibus ou metrô quando ele sentar…
Já vi muito esta cena repetir-se…
Precisamos humanizar a humanidade…
Nestes últimos dias fico orando pelo Gaúcho porque sinto minhas mãos atadas…
Sei que pela lei de causa e efeito ele não é inocente, mais sei também que sou responsável por aquilo que cativei pelo que conquistei de amizade…
O que me uniu ao Gaúcho pergunto-me…
Será que a contabilidade divina?
Pouco importa, pois a paternidade divina é comum sendo assim somos irmãos e isso me basta para que me torne responsável…
Enquanto o frio corta e me coloca embaixo da coberta estimulando minha preguiça.
A chuva canta no telhado de minha casa como uma cantiga de ninar, tem muitos Gaúchos pelas ruas de Grandes cidades talvez molhados e sujos tremendo de frio…
Dizendo como alguns brincavam ontem na tenda…
Segurança desliga ai o ar condicionado um pouquinho, pois está frio…
Ou algum dele dizia: fecha a porta da geladeira que você deixou aberta.
Essa é a forma que o brasileiro lida com suas dores satirizando-as, rindo.
Mas isso não tem nada de engraçado, isso é pobreza dos ricos...
E ao mesmo tempo em que é a riqueza dos pobres…
Precisamos nos igualar, olhar para os lados e pensar existe muitos Gaúchos nas ruas, muitos moradores que entregam dinheiro achado aos seus donos, que apenas querem um trabalho, apenas querem ganhar seu dinheiro com o suor de seus rostos, alimentarem o sonho que é só dele…
Eu penso que o Gaúcho seria mais feliz no aconchego de seu lar, nos braços dos seus, mas ele sonha , seria eu mais um a roubar-lhe o sonho dizendo o que penso…
A verdade dele poderá ser maior do que tudo que realmente acredito ele voltar a encontrar-me em uma nova posição social.
Desejo que você que lê neste momento se descubra a casa da humanidade.
Que você de um passo em nome do amor seja, com seu coração, com sua atitude ou com sua oração,  a casa de muitos, pois muitos e muitos deles, só querem um trabalho.




Ricardo de Lima


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Medida do Porco Espinho




Certa vez ouvi um amigo utilizar-se de uma linda imagem para definir o bem viver nas relações humanas...
Por faltar dados em minha memória chamo-a de medida dos porcos espinhos...
Segundo Lenda narrada pelo amigo João Figueiredo, um querido irmão do Ceará.
Em um lugar onde residia uma comunidade de porcos espinhos, assolou um grande inverno que poderia levar a extinção aquela comunidade de porcos espinhos...
Eles precisavam sobreviver, e para sobreviver precisariam se aquecer com o calor de seus corpos, mas não poderiam chegar muito próximos, pois seus espinhos machucariam uns aos outros, então precisaram ficar perto o suficiente para se aquecer, e distante o suficiente para não se machucar.
Todos somos pessoas que precisamos viver umas com as outras, de tal forma que nossos corações possam manifestar o melhor do nosso sentimento de amizade em um clima fraterno que faça com que o mundo se transforme em expressões e manifestações do amor.
Mas dentro dessas necessidades também precisamos nos descobrir como individualidades, e nestas auto descoberta de individualidade, faz com que cada um se torne auto suficiente, auto responsável, pois a responsabilidade confere ao individuo sua maturidade psicológica e espiritual.
É no momento que entendemos que as rédeas de nossas vidas estão em nossas mãos, e não nas mãos de nossos amigos e parentes, e que passamos a nos olhar.
É muito cômodo expor os nossos problemas e pedir e dar a opinião sobre a vida alheia a nossa.
Para quem deseja  a opinião alheia é cômodo, pois se der algo errado, errou por indução de outro.
Quando nos tornamos senhores de nossas escolhas, as opções erro/acerto, nos impulsionam a mudanças, nos impulsionam a criatividade, e com a criatividade a superação.
Este pensamento de, perto o suficiente para se aquecer e distante o suficiente para não se machucar, não é uma afirmação capitalista ou separatista, e sim uma ação de controle de nosso barco navegando pelas águas do mar da vida, é uma conquista.
Pois é Muito comum ver pessoas próximas demais por curto e até mesmo por longo tempo, que se distanciam pelo resto de uma vida inteira, que em um momento faltou coragem de impor limites de até onde as pessoas poderiam e deveriam agir em nossas vidas.
Quando a constante visita adentra o espaço de um casal, de suas horas de descanso entre trabalho e estudo, a visita passa de uma visita, para enfado ou cansaço, já é possível distinguir o toque no interfone, aquele sorriso natural e surpreso de desejosa visita, já passa ser cada dia menos caloroso.
Então em todas as relações humanas nós precisamos descobrir a medida exata do porco espinho...
Perto suficiente para se aquecer e distante o suficiente para não se machucar. 


Ricardo de Lima


domingo, 8 de julho de 2012

Espiritismo doutrina da autorresponsabilidade




Outro dia ao ser entrevistado para emprego, a psicóloga perguntou-me qual sua religião?
Eu certeiramente respondi:
Embora chamem de religião  para mim não é.
Sou Espírita.
Ela olhou-me nos olhos, com indagador olhar e perguntou-me.
Se Espiritismo não é religião o que seria?
Olhando em seus olhos disse-lhe:
Uma opção de amor para comigo, para com o mundo que eu vejo, e com o mundo que é invisível aos olhos.
Ela pediu para que falasse mais, e assim prossegui.
Quando eu adentrei ao espiritismo descobri um mundo novo e nele resolvi viver, depois eu entendi que este mundo novo só teria sentido se ele vivesse em mim.
Então passei a ver o mundo como eu gostaria que o mundo me visse com amor, descobri no outro mais dos títulos, ou ausência deles, passei a ver as pessoas como irmãos, e assim passei a aceita-las e compreende-las como compreendo, entendem e respeito meus irmãos, e suas escolhas.
Ao olhar Deus pelos olhos do amor, entendi seu amor e a reencarnação passou a ser certeza, e a continuidade da vida como saber...
Olhei para mim e com amor descobri-me uma metamorfose ambulante, ou seja, um ser em constante transformação, passei a descobrir que a magoa que existia em mim era o mal que eu alimentava e aos poucos me consumia, resolvi me curar perdoei, e pedi perdão, esqueci e recomecei.
Olhei o que comia e como comia, e como aquilo interagia, por amor e compreensão para com esta veste que me permite viver neste mundo escola, fiz opções de uma vida saudável, e passei a cuidar de meu corpo.
Sem que nada me fosse proibido ou imposto.
Naturalmente e com entendimento fui vendo,  como  Paulo o apostolo da gentilidade  " Tudo me é licito, mas nem tudo me convém"  posso o que quiser, mas muita coisa que possa querer não me convém que eu faça...
Diferente de religiões que proíbem, o espiritismo esclarece.
Diferente das religiões que usam livro sagrado para te conduzir, o espiritismo liberta-o ensinando que o livro sagrado que te conduz chama-se consciência.
Não é a pessoa como você dotada de uma autoridade, que te cobra ou te conduz, mas a sua consciência que ilumina os seus atos.
Os espíritas optaram por mudar o seu mundo interior, permitindo as pessoas serem como queiram, mas permitindo escolher o mundo de amor para viver, em nome dele agir.
Sendo Assim o espiritismo não me ordena ou condena, mas me conduz pelo caminho do amor, como único seguro e certo para felicidade.
Ou seja, o espiritismo conduziu-me a possuir as rédeas de minha vida, assumindo a minha responsabilidade para como meu mundo, com o mundo que vivo, e com o mundo que não vejo, tornou-me auto responsável em nome do amor.
E para toda interpretação que vejo sempre me surpreendo com o amor agindo, até na dor reconheço o amor agindo para o bem do que esta em aprendizado.
Sendo assim fiz a opção de viver o amor...
Sou espírita...
Sou autorresponsável.
Ensinou-me que devo ser sozinho a casa da humanidade, para que a humanidade more em mim e eu nela.
Seja também você a casa da humanidade.



Ricardo de Lima