domingo, 29 de janeiro de 2012

Amor além da vida- Alma Gêmeas e Comunicabilidade


Em analise de tão interessante filme, Amor além da vida.
Vemos o instrutor de Christie sugerindo que ele e sua esposa Anne são almas gêmeas, entra em contradição com o pensamento e a interpretação espírita, pois  a hipótese de alma gêmea é descartada, ou seja não existe, pois Deus não cria seres pela metade, ou metades que se completam, entendemos o individuo que soma seus próprios aprendizados no uso de suas mascaras reencarnatórias que chamamos de personalidade somando os conhecimentos intelectuais que são arquivados em seu inconsciente que emerge vez por outra, já as conquistas morais dessa incontável numero de mascaras , traduzem-se em forma de virtudes tendenciosas para conquistas de demais valores e a transformação do que entendemos erro que na realidade e só interpretação equivocada de nosso real objetivo, na vida.
Caminhamos da animalidade ainda na humanidade para a racionalidade e da racionalidade para angelitude, sem que desprezemos o nosso passo a passo de nossas conquistas que muitas vezes entendemos nossos erros como pecados nos recriminando tornando-os nossos companheiros sombrios a ressurgir como fantasmas, precisamos encarar esta força dupla como uma transformando em pólo único com amor.
Dúbio seria a nossa forma de entender o mundo como dualidade onde na realidade temos e uma vivencia de unidade, que os dias encaminham-nos para esse entendimento que temos uma única realidade.
Vemos na exibição do filme algo muito comum em nosso dia a dia, dado a nossa interpretação equivocada da realidade espiritual.
Quase sempre ao desencarnar passamos para a realidade espiritual  temos imediatamente uma consciência de que nosso corpo morreu, essa reação que temos ao ter essa noticia chama-se crise da morte, essa crise esta ou não ligada na forma de aceitar a nossa realidade muda de individuo a indivíduo, mesmo sabendo e sendo comunicado de que já não pertencia ao mundo dos ditos vivos, ou dos residentes no planeta Terra, sua visão no tocante a realidade terrena era limpa, e enquanto não se encontrava em si mesmo não via com nitidez a sua nova realidade a espiritual, e essas realidades misturavam-se saltando aos olhos sem estar subordinada ao tempo terreno, mais demonstrando o tempo em uma nova ótica que se desdobrava a sua frente sem que houvesse esta percepção.
Quando de nós não nos acostumamos a esse tipo de narrativa e já logo catalogamos na classe de Espíritos que sofrem pelo simples fato de como reagiram a crise da morte, é em sua aceitação da nova realidade, na vida espiritual que é mais pulsante e intensa que a vida física.
E essa realidade sofrida e desprovida do aspecto critico e percepção da realidade do todo, se torna quase que generalizada a busca de mostrar que esta vivo de que se continua a existência, mas como  o intimo de cada um em relação a realidade espiritual? Como é o individuo procurado para que possa falar de continuidade da vida? Quais seus aspectos intelectuais mesmo do ponto de vista de interpretação da realidade sobre Deus?
E equivocadamente ao invés desses Espíritos ajudarem inseminando a sobrevivência leva o ser encarnado a interpretar-se portador de transtornos psiquiátricos e psicológicos induzindo mesmo que na melhor das intenções ao erro.
Então esses seres que deixamos em nosso ultimo planeta tem ou assimila a possibilidade de sobreviver a morte do corpo, de que encontraremos seres que nos antecederam na jornada pós tumulo, de retorno  vida ou ao mundo espírita que é original e real que sobrevive a tudo vivendo na independência antes e depois da constituição do mundo físico.
Sendo assim o filme da um toque sobre a possibilidade das comunicações psicografadas que mesmo em forma de leve pincelada demonstra com clareza que através da transmissão do pensamento ele estimulou que a caneta traçasse no papel eu ainda existo, que tinha uma forma dúbia de ensinar primeiro que seu esposo estava vivo em outra dimensão, e outra que mesmo sozinha no mundo físico uma existência a aguardavam que ela existisse nela, e para nela continuar sua em sua construção.
Esse conceito de existir ainda o esposo leva para o seu despertar na realidade espiritual pela racionalidade ou pela dedução lógica induzida para a sobrevivência do que se em sua real essência, que poderíamos existir sem forma, mais que precisamos sentir uma forma para se dizer que existe, ou seja, sempre temos uma realidade pensante dando forma ao universo de nós mesmos ao universo em que habitamos.
Levando-nos a conclusão de que nossas dores e fracassos podem ser, conseqüência do que na realidade acreditamos pois tudo conspira para validar nossos crenças e necessidades de crenças.
Em seu aspecto filosófico as questões que este filme levante de forma a estimular nosso interpretar ousamos a dizer, que mesmo impregnada de suas velhas crenças e pontos de partida antigos e de suas interpretações, parabenizamos a sensibilidade espiritual tanto do roteirista que com suas palavras materializou o filme com o diretor que delicadamente conseguiu traduzir a idéias do mundo espiritual.




Peço que se gostou ou não do que leu deixe-nos um comentário, ou mande-nos um email com suas duvidas e criticas, ou sobre o que gostaria de saber sobre a visão kardeciana que dará ferramentas para outro artigo.
Nosso email : ricardo.kardeciano@hotmail.com
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sábado, 28 de janeiro de 2012

Amor além da vida - O Pensamento



Este enfoque inicia-se no momento que Christie rompe seu contato com mundo físico e resolve ir ao encontro de sua nova realidade, "a espiritual", o filme se compõe de vários princípios semeados logo no inicio que se costuram afirmando-se.
Sua esposa escreve em seu diário: "A vida de Chris gira em torno de quadros, seus cartões postais também eram quadros, ele focava sua vida na arte, na pintura," ou seja, nas pinturas de sua esposa para que de alguma forma a pudesse agradá-la.
Ele despede do mundo físico, vê-se andando por um túnel, depois de despertar de um aparente sono encontra-se em uma pintura viva, pois agora ele á compõe, e nessa composição encontra sua antiga cadela, propondo uma reflexão para si mesmo que se estaria no céu dela, ou que ela estaria em seu céu? 
Desdobra-se em quadros e mais quadros pintados por Anne, e de qual ele fazia parte, propõe que o céu pra onde todos vão, não é ruim.
Com ajuda de seu instrutor no mundo espiritual ele descobre que tudo é sua composição, impulsionada por toda construção mental de sua esposa, que basta querer, que as coisas se materializam no novo mundo, em seu mundo.
Partamos um pouco do colorido cinematográfico e misturemos, ou costuremos com tudo que temos sabido por meio da Doutrina Espírita e dos Espíritos Espíritas que trouxeram tais informações a esse respeito.
Os Imortais ensinam a Allan Kardec que: 
Se eu desejar a praticar uma agressão, para a realidade espiritual a agressão já existiu, o que faltou foi a oportunidade de se materializar o desejo.
Yvone Amaral Pereira em um de seus livros, que se a memória não me falha (No Invisível), ela narra um caso que em uma determinada casa que ela chegou,  viu um Espírito que ela descreveu como um senhor que vivia alheio a realidade atual, que embora ele estivesse em uma metropole para o referido Espirito, aquele mesmo local era um sitio, onde ele tinha sua criação de galinhas, e vivia i ilusoriamente sua vida distante das mudanças que ali vieram e ocorreram.
André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda descreve construções e mais construções espirituais, informando que era a ação em conjunto de seres espirituais  que tornavam possíveis tais construções superiores para atendimento de determinados fim. Andre Luiz vai mais longe dizendo que as zonas de vibrações menos elevada era sustentado e mantido por nos encarnados e desencarnados, em seus pensamentos, e com seus pensamentos.
O que o filme levanta a questão para que seja discutida a idéia da possibilidade de cada um ter em si sua própria construção de mundo na realidade espiritual levando-o a interpretar de forma diferenciada, o que e comum nos pensamos, só que em um enfoque diferente, acostumamos a pensar o mundo dos Espíritos, ou o mundo espiritual em uma realidade que embora criado por nós em forma de penas e gozos, ainda carregada de ranço de crenças antigas, quantas vezes paramos pra repensar essas verdades, de ver um enfoque diferente com princípios iguais , ou seja temos como Allan Kardec em o livro dos Médiuns cogitar essa realidade como laboratório.
De certa forma mesmo que exageradamente o filme nos chama atenção a este poder criativo através do pensamento.
E na realidade se tivéssemos só a obra Kardeciana para avaliar o filme, nós apontaríamos essa força, e essa construção pelo poder de nossos pensamentos e vontade, que agiria junto ao fluido cósmico universal dando forma.
Porque conforme os Espíritos na codificação, ocorre a mesma coisa,  ao nosso perispírito, este assume a forma que quisermos, e ou como nos apresentamos na forma de ultima encarnação, isso se da pela necessidade de sermos reconhecidos e identificados, mas que podemos assumir a forma ou desta ou de outra existência que tivemos, sendo assim entendemos a forma de Emmanuel se apresentar, a época em quevestiu o corpo do senador romano, e o próprio Emmanuel em seu livro Roteiro ele diz, que a capacidade de ação sobre fluidos  e  esta atrelada ao conhecimento destas forças, ou seja, agir na realidade espiritual com seu pensamento e vontade, esta estritamente ligado a hábito e controle, do que evolução moral.
Embora admitamos que sua ação é limitada de acordo com a moralidade, e a sua conformidade com as  leis que presidem o universo, mas é validade pelas narrativas de André Luiz e Manoel P. de Miranda, pelas deformações espirituais causadas pela hipnose, e ou para assustar.
Para quem fica exclusivamente com as elucidações da obra kardeciana se encanta com tal filme, quem se atem as obras psicografadas tem a dificuldade de aceitar esse tipo de realidade e para quem não sabe sobre a existência de uma, e de outra realidade, só consegue ver a beleza do filme, em sua narrativa romântica.
Em hipótese alguma dizemos que fora da interpretação de Kardec não há boa interpretação, ou que as obras psicografadas rodeiam para assegurar ou falar disso como realidade, mas em entrelinhas.
O que nos permite o espiritismo é levantar questões que estimulem nossa racionalidade para a aquisição do conhecimento.
Do ponto de vista nosso, o objetivo é demonstrar as possibilidades criadoras de nosso pensamento no fluido cósmico universal, nos convidando a entender nossa capacidade de deuses.
Agora no momento que ele identifica mudanças em uma das paisagens criada por um quadro de sua esposa, e que em momento de revolta ela muda esta construção  imediatamente esta mudança ocorre na realidade espiritual, que choca o esposo e nós acostumados a ter noticias desse poder e ver materializado de forma poética pela cinematografia, temos noticia de duas realidades que se interpenetram alterando-se, interagindo-se.
Vemos Espíritos familiares o conduzindo ao aprendizado de forma que não ferissem seus reais valores, e que de uma forma ou de outra o conduzisse ao desfecho do filme que seria o socorro de sua amada, seus amados filhos, mascaram sua antiga aparência física para mostrar-se em essência, ou seja, carrega a sublime mensagem de que o essencial é invisível aos olhos, mais acessível ao coração.
Assim tratam-nos Espíritos, dosando o nosso aprendizado na jornada evolutiva, o fato de não carregar uma bandeira de obrigatoriedade em discutir uma filosofia ou uma doutrina levanta questões filosóficas de alta importância, que faltou em filmes que carregam o selo de espírita.
Então de nosso entendimento temos um enfoque diferente para velhas questões e que se fosse ao tempo de Kardec teríamos excelentes discussões na Revista Espírita debatendo essas questões.
Deixo o convite assistam ao filme, e levem as questões para desenvolvimento em grupos de estudos e vamos vendo onde nos levam...
E uma questão que não fecho ainda, pois Allan Kardec dá base, tanto para Yvone em sua narrativa, quanto para Andre Luiz e Manoel Philomeno.
E você o que pensa sobre essas questões?




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Amor além da vida - Suicídio em xeque.


Amor além da vida é um filme belíssimo a conclamar ao amor conjugal. Ao contar sobre este amor, de dois indivíduos, de tal forma que coloca o amor de sua esposa pelo seu marido, maior que sua própria vida.
Devemos adentrar o filme e ver a beleza da poesia, mas, sem jamais perder de vista que só ama alguém, quem verdadeiramente se ama, só conhece o amor quem vive o amor, e acima de qualquer definição que possa ser dada ao amor, jamais será posse, quem ama liberta, liberta-se.
Este filme abre discussões de algumas idéias espíritas, já que é um filme que carrega  um apanhado de diversas doutrinas espiritualistas em sua abrangente e composição.
A imortalidade da alma, é o aspecto das penas e gozos futuros.
Na óptica de diversas religiões espiritualistas, expandindo o conceito de céu e inferno sobre o ponto de vista que o ser que suicida-se esta condenado ao sofrimento eterno, propondo que o amor faz milagres, ou seja, sempre que o desconhecimento de tal fato natural não tem uma explicação conhecida, recorre-se ao miraculoso ao sobrenatural, que para os que estão banhados com o conhecimento espírita, vêem e interpretam dentro da naturalidade.
Quero antes de prosseguir levantar uma questão.
Eu sempre observei isso por igrejas que passei e pelos centros espíritas que passei, inclusive em obras sociais.
(Sempre notei em seus auditórios um numero superior de mulheres em busca de espiritualização do que homens, mais mulheres em atendimento fraterno recorrendo a bênçãos divinas para seus maridos, do que maridos fazendo o mesmo por suas mulheres, não quero dizer jamais, que homens não façam isso, digo que o numero é mais reduzido de homens, que as mulheres talvez ao longo da historia elas devam ter sido campeãs, e vejo que os filmes não perceberam isso como em Ghost, o Espírito do marido além de salvar-lhe da tristeza, salva-lhe a vida. E em o Amor além da Vida, também, já o livro de Marcel Souto Maior por traz do véu de Ísis  gerou um filme as Mães de Chico Xavier, mostram minha visão. Será que eram porque as mães em sua maioria que recorriam mais a Chico?)
Um convite aos roteiristas... Repensem...
Então o esposo desencarna e passa pelo fenômeno que Ernesto Bozzano chamou de crise da morte, tem a lucidez momentânea da morte e depois seu passado se desenrola isso o filme vai colocando de forma sutil de forma que o passado explicasse o presente e o presente fosse se explicando em suas memórias, uma belíssima forma de ver e entender esse fenômeno, natural no despertar na nova velha realidade.
O filme trás uma belíssima proposta de reencontro com os que nos antecederam no tumulo, e de sua delicada e amorosa forma de acolhermos, não é o que estamos acostumados a ver dentro do aspecto descritivo pela psicografia , mais um belo aspecto poético.
A esposa fica ainda encarnada e pouco a pouco ela perde sua alegria de viver levando-a ao ato impensado do suicídio...
No caso do filme ela fugia da vida em busca do nada e mesmo que inconsciente, encontrava vida, que mesmo que fosse uma vida de sofrimento era ainda vida, e mesmo que ainda o sofrimento tomasse proporções maiores era ainda por si, vida...
Então o esposo recebe uma noticia que o alegra sua esposa morrera e o leva ao ímpeto de recebê-la e afagá-la em seus braços, e recebe a noticia que não pode, pois ela suicidou-se, e estava fora do alcance de tocá-la, quanto mais de salva-la...
O que não faz aceitável ao ser que ama, como pode ter uma continuidade de vida, de essa vida ser imortal e pulsante, o filme começa sua musicalidade de amor, sua busca pelo que nos espíritas, por causa de Yvone Amaral Pereira , e de sua monumental obra Memórias de um Suicida, somos acostumados a ouvir e falar como vale dos suicidas, levando-nos ao êxtase do sentimento quando em um gesto altruísta , renuncia o que ele entende por vida, para viver ao lado de seu amor do ele propõe como morte, ou seja, um ostracismo na fuga em suas verdades particulares...
É um filme que fala do inferno real ,ou seja que reside em nossa consciência, e quando no sublime ato de perde-se por amor, o amor recria o roteiro do filme desvelando-se uma sublime colheita de paz.
Entendemos o suicídio como fuga ilusória, para ilusão. 
Pois a vida é pulsante não se extingue, mudamos de endereço sempre, pois ainda somos como diz Allan Kardec, errantes não significa dizer em erros, mas sem pátria  por motivos de evolução, ou seja estamos na Terra neste momento,em existência futura podemos estar em um mundo material que nos ofereça o mesmo aprendizado, que atenda as minhas necessidades, sou momentaneamente sem pátria pois atendo necessidades de crescimento, seja qual for a casa que nosso Pai escolha para momentaneamente residir,ou escolhamos para prosseguir o aprender.
Mesmo que vivamos na Terra podemos mudar da mesma forma de País, então errante significa despatriado, momentaneamente sem pátria.
Essa idéia de imortalidade de continuidade e recomeço é espetacular.
Mas o que lemos nas entrelinhas do filme?
Lemos que verdades equivocadas sobre a idéia de suicídio, a forma de auto ajuda bem comum na idéia americana, onde o americano mais do que outros querem dizer, você não pode...
Quanto mais lhe disserem que você não pode, você tem que acreditar que pode, essa idéia era um estimulo a sua coragem, a demonstrar seu amor, por sua esposa. 
A grande mensagem nas entrelinhas da saga,  "vocês podem", sempre que o mundo lhe disser que não pode. Ou seja, liberte-se de velhas e ultrapassadas crenças, de forma ao novo. 
O amor transforma o mundo.
Um gesto de amor tira a força do ódio de milhões.
Se visto por essa ótica o filme não tem mais a carga de velhos conceitos e ele estimula a se repensar, a construir seus valores acima do que sente, que a verdades de outros seres não fazem sua verdade, que sua verdade não muda a verdade de outros seres, que a verdade absoluta esta no amor.
Por esse aspecto é convite ao enfrentamento da vida, um desestímulo ao  suicídio, e também um convite a repensar sobre a vida.
Muito comum destro da interpretação do ato suicida a crença, e a propagação dessa e de diversas crenças errôneas sobre o auxilio  aos suicidas, e a outros casos.
Temos a tendência a nos apegarmos ao que nos acontece de ruim, de só prestarmos a atenção as noticias ruins, seja em telejornais , oferecemos ao nosso paladar o alimento, a a televisão oferece aos nossos olhos cadáveres na hora do almoço.
Então lemos apressadamente verdades assim: " existe casos que suicidas ficam séculos fechados em sua dor, na consciência de suas culpas", nossa mente processa todo suicida sofre por décadas e séculos, queremos até consolar a mãe de um individuo que passou para o mundo espiritual vitimado por este mal, mais falta-nos estimulo, pois em nossa nova verdade com o ranço envelhecido, nossa mente diz : "tem ajuda mais demora... " isso sai tão insosso que dá medo de ver ou ouvir.
Um termo que você cansa de ouvir quando entra no espiritismo, porque alguns espíritas propagam é "REFORMA", o meu modo de entender, o espiritismo não reforma nada...
Assim como o Cristo, o Espiritismo não reforma nada...
Ouso e posso ser criticado veementemente por isso, mais desafio a provarem que estou errado.
O conceito de inferno é demolido pelo espiritismo e é construído um NOVO entendimento da continuidade da vida, da lei de causa e efeito, se tem uma nova edificação, pois suas bases são outra .
O conceito de Céu é demolido pelo espiritismo e construído um NOVO conceito.
Jesus no aspecto Moral diz: morre o homem velho, nasce o homem NOVO.
O convite espírita é de desvincular, de desligar-se totalmente do velho e adquirir algo NOVO.
Então quando se fala em reformar se fala em manter velhas estruturas e dar uma cara nova, ao velho.
Não, isso não é espiritismo.
Paulo de Tarso ao entender a proposta do Cristo diz : "quero ser como um vaso na mão do oleiro, quebra a minha vida e me faça novamente."
Quer beber da fonte traga vasilhame novo, e receba vinho novo , não se pode colocar vinho novo em tonel velho, disse Jesus.
Sabemos que o amor aplaca ódio de milhões, sabemos que o amor cobre a multidão dos pecados, então o atendimento ao companheiro sofrido esta subordinado, a) intenção que o levou a praticar tal ato,  b) o amor devotado pelos seres que o amam, em forma de prece e a fé impregnada nessa prece, c)  o merecimento de quem faz a prece e de quem recebe, d) o tempo que esse ser pode demorar para arrepender-se e o tempo que reagira e pedira o auxilio divino, se uma dessas atitudes pode mudar o tempo de resposta do auxilio, imagina a reunião dos quatro pontos , ou seja posso ter e obter uma ajuda imediata aos suicidas, ou posso ainda não ter, o que nos cabe como espíritas é de ajudar para que se obtenha um ou mais dos quatro requisitos para ajuda.
Convido a cada um que iniciar o estudo do espiritismo a se desligar de todas as suas verdades, para quando se decidires propagar as novas verdades não sejam servidas e impregnadas com o velho.
E muito conhecido o caso de que uma mulher foi impedida de entrar em Nosso Lar em detrimento de abortos praticados, quero informa-lhe que fez essa leitura, foi apressada e impressionada, e não leu o que Andre Luiz disse, e interpretou errado, mas Ricardo eu li , pode ter lido , eu li cinco vezes somente na sexta e descobri meu equivoco , e cometi este equivoco induzido ao erro por quem me ensinou.
Fato é, desestimular o suicídio pois o maior bem do ser humano isso já entendido na Terra,a Vida como nosso maior bem,ou seja, nossa maior posse, então a sublime oportunidade no aprendizado e impagável,  nesse corpo, esse divino e perfeito instrumento, mesmo com que aos nossos olhos são vistos com imperfeições e deficiências , são necessidades especiais de vivencias especiais , que deficiente está momentaneamente a nossa avaliação, impregnadas de PRÉ- CONCEITO, a crença do espírita esta arquitetada em conceitos não em PRÉ, em novo não em velho ou velhos.
Seja como for cada minuto segundo é importante.
Cada letra cada assento, é importante no conjunto dessas idéias, assim como cada segundo em nossa vida, tem o seu lugar devido e aproveitado, um filme que diz: que se tem vida por que se tem amor.
Um filme que lhe diz: quem tem amor tem vida, e se tem vida onde quer se esteja tenha amor.
Seja amor e viva plenamente a vida.
Viva a vida plena no amor...




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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Bem te vi



Certo dia fomos visitado em nossa casa por um antigo vizinho de porta de minha esposa.
Desde criança ela acostumara a ver Bem Te Vi , trabalhando dando o melhor de si para os filhos e que os tratavam como abençoadas jóias, de inestimável valor...
Segundo ela, seus filhos eram tratados com tudo de melhor  que dentro da pobreza poderia oferecer-lhes...
Colocava sobre a mão de seus filhos o prato feito com alimentos...
Ela o admirava pois sentia a imensa falta de atos carinhosos, pois ela que não recebia tais mimos e afagos, para ela ele era um Pai, em sua perfeição.
Por ocasião de caminhos que escolhemos lentamente através da ingestão de álcool a principio socialmente , depois semanalmente, depois diariamente ,é o suficiente para esfacelar uma relação a dois, e ser a causa de muitos casamentos que diariamente acabam...
Assim contraímos ex-esposa ou ex-esposo, ex-marido e ex-mulher.
Mas jamais existira pelo menos em nossa razão ex-filho, mas para alguns filhos escolhem ter ex-pais ou ex-pai ou ex-mãe.
Com a separação dos pais, alguns filhos naturalmente ficam com suas mães, e alguns tomam partidos ou do pai ou da mãe, mas o ideal é que o amor não seja repartido e sim inteiro tanto pra um quanto pra outro...
E as vezes precisamos de muitas vidas, para entender uma vida...
Seus filhos com a separação esqueceram de todos os mimos de toda gentileza e todo o afago.
Mas o nobre Bem Ti Vi , em sua vida, jamais deixou de preocupar-se com os filhos.
Um passou a vida na legalidade como um ilustre trabalhador de bem , o outro por caminhos tortuosos e equivocados que resolveu trilhar, mas para Bem Ti Vi, os filhos continuavam os mesmos amados,  a sua maneira, de ver e sentir seu amor.
O filho que lhe fora tirado do convívio da sociedade, lhe era objeto de pesar.
O desejo de vê-lo solto, o sonho de ver suas vitórias em uma nova forma de viver , de sentir  sua alegria, sua ânsia era ver-lhe solto, para ser afagado em seus braços, dentro de  sua maneira única de ver e entender a vida.
Os dias passam para alguns homens chega a maturidade, e na maturidade a sabedoria, mas para outros os dias  pesam, como pesados fardos imposto pela sua consciência,  que lhes cobram dia a dia, noite a noite.
A bebida vira objeto central de desejo  de Bem Te Vi.
Para o filho cidadão de bem, Bem Te Vi  ele era um cachaceiro inveterado que não quer ajuda...
Aos meus olhos e de minha esposa era um ser doente,  que na dependência de droga licita, se apresenta como mantenedora da desgraça de muitas de muitos incautos.
Bem Te Vi chega em casa em um determinado dia , e pede-nos se poderíamos guardar seus pertences, nós lhe perguntamos porque , ele explicou que o filho não o queria mais, e que ele ia morar na rua.
Minha esposa olhou com um sorriso nos lábios, como se acreditássemos que aquilo jamais aconteceria , eu acenei com a cabeça aprovando-lhe a decisão e ele saiu com a certeza que guardaríamos seus pertences, e nós ficamos em casa acreditando que o amor escrito por uma vida inteira expressa por atos de carinho, jamais permitiria que isso acontecesse.
Dias depois nosso interfone tocaria pedindo-nos ajuda pra subir os pertences de Bem Te Vi...
Quando chegamos a portaria seu filho tinha acabado de descarregar a bagagem de seu pai na calçada, enquanto ele entrava dentro do carro, engatava a primeira marcha, e saia como em fuga, fugia de seu pai , mais jamais fugiria de sua consciência, local divino onde Deus esculpiu sua lei.
Suas coisas chegaram em sacolas, caixas colocadas à rua...
Recebemos Bem Te Vi em nossa casa, em nossa alma e em nossa imortalidade.
Dias viriam que seriam noites em nossas vidas, noites viriam e que se transformariam em dias.
De amigos passamos a ser vistos e sentidos como inimigos, pois não nos posicionaríamos favorecendo egoísmos e vaidades, nos oporíamos a atitudes que ainda praticadas pelos seres ditos humanos, estaria longe do conceito de humanidade.
Tentamos os canais legais para chamar estes á realidade, mas a justiça dos homens é lenta perante a existência humana e quase sempre, deixa-nos com a certeza de que a impunidade impera...
Buscamos acelerar o processo tentando buscar ajuda de indivíduos que se dizem nossos representantes,representantes eletivos, e nada, quando e Deputado que assinou o Estatuto do Idoso resolveu responder o email, já não adiantava mais...
Bem Te Vi, hospedara-se em nossa vida, em nossa casa, e tentávamos que o filho o colocasse no seio de sua família, esse era o objetivo se não por amor, deveria ser por força da lei.
Bem Ti Vi dizia-nos,  "deixa isso pra lá, vivo assim...
Ele nos alegrava com seu sorriso largo...
Sempre solicito e prestativo, saia logo cedo depois de lavar a louça e voltava para almoçar, jantar e dormir, não passava o dia para não incomodar....
E nossa luta começou para que deixasse de beber , essa luta foi inglória, de tanto lutar contra isso, ele desiste de nós, e abandona o nosso lar.
Para ficar a rua , e sempre aceitamos sua escolha e convidávamos para tomar, café, almoçar, jantar  e tomar banho.
E ele sempre aceitava, mas recusava-se a ficar e nos atrapalhar...
Dormia em baixo de um beiral de carga e descarga de um supermercado.
Era céu novo lar, com estrelas que abençoavam com seu brilho, e a lua que o beijava com sua em nestas noites...
Uma amiga outra vez lhe oferecera um cobertor, ele recusava e recomendava: "de a um necessitado, pois não sinto frio a noite"...
Quem mais necessitado?
Para uns ele foi um peso, para nós ele foi a divina graça de receber Jesus em nossa casa, pois certa vez ele disse: "Tive fome e me deste de comer, estive sem abrigo e me abrigaste , tive sede e me deste de beber.".
E os dias passaram a saúde física declinava, a morte do corpo se aproximava, e nós víamos dado a fraqueza dos órgãos, de sua tosse...
Bem Ti Vi deixou-nos, disse-nos até breve, em outra vida depois dessa lida e além da morte.
Mas quantos e quantos Bem Te Vi, ainda cruzam nossas vidas, que não conhecemos suas histórias, suas realidades, vejo tem todos dias, uma nova luta, mas vejo que ainda existem velhas lutas ainda não vencidas.
E que essas lutas não vencidas refletem diretamente em nossas vidas, uma ação nossa repercute no universo, e voltam para nós.
O divino amigo há dois mil anos convida-nos a amar, dia a dia, nosso corpo envelhece, com envelhecimento a perda de vitalidade...
E o que temos plantado? A proteção e o respeito ao idoso garantindo assim nosso acolhimento em nossa melhor idade ?
Quantos Bem Ti Vi nascem sobre nossos aplausos quando ingerem seu primeiro gole de álcool , vicio milenarmente propagado como bonito,  como ponto de passagem à maturidade?
Quantos Bem Te Vi dormem as ruas ?
Quantas ruas abrigam Bem Te Vi ?
Ontem mesmo vi um quando saia do mercado...
O via em suas roupas sujas e num ato instintivo de ignorar ia passar por traz de diversos carros, para não cruzar com ele, rapidamente minha razão perguntou-me:
O que fará?
O que tens que ele possa tirar-lhe ?
Pensei rapidamente e respondi-me:
Nada...
Dinheiro não tenho...
Uma garrafa de 5 litros de água ?
Consigo outra...
Vida ?
Não pois sou imortal, meu corpo morre, mais minha alma vive, e vivera, além da tal morte...
Não tenho nada!
Absolutamente nada, que ele possa tirar-me...
Passei olhei em seus olhos e disse boa noite, e este Bem Te Vi deu-me um sorriso esteticamente horrível pois era vazio de dentes, mais era repleto de alegria...
Um dos mais belos sorris que já vi...
A resposta de seu boa noite foi como um iluminar-me, aquele Bem Te Vi alegrar-se como uma criança que ganha um doce, para mim um simples boa noite.
Para ele a luz de ser visto...
De ser olhado em sua alma...
Não tinha nada, a não ser um sorriso, e ele não precisava nada, nada mais que um sorriso.
Abençoado seja Bem Te Vi .
Abençoados sejam todos os Bem Te Vi.
Pois no Bem te vi , me vi, vi Deus.
Abençoado seja Bem Te Vi.
Pois BEM TE VI.




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Saindo do cárcere




Muito comum em nosso dia a dia, sentirmos antipatia gratuita e simpatia da mesma forma.
Conforme os Imortais á Allan Kardec precisamente em o Livro dos Espíritos questões 386 a 391 que convidamos a ler e viajar no mundo chamado espiritismo.
Entendemos  que em ambos os casos podem ter origem em existências transatas ou não, que podem ser apenas atração de pensamentos, anseios, desejos e entendimentos e a repulsa destes.
Acho que todo mundo de alguma forma já sentiu isso, ou ambos os sentimentos , ou pelo menos quer de amizade gratuita instantânea, ou repulsa gratuita instantânea, vendo isso lembra-me café solúvel, adicionou café a água quente, só deliciar-se.
Assim nascem amizades, assim nascem repulsas.
Como nem um, absolutamente nenhum de nós somos  perfeitos, ou seja somos seres imperfeitos em um mundo imperfeito, não estive sozinho, se você vive isso, também não esta vivendo isso sozinho.
Quando nos casamos com alguém, sempre, mas sempre ganhamos algo, nem que não queiramos sempre ganhamos, ganhamos uma nova família, um novo ciclo de amizade e de brinde geralmente vem algum desse seres abençoados que são professores, que desafiam nosso desenvolvimento evolutivo, e estimulam-nos a superação dando-nos uma sublime vitória, que depois de adquiridas representam valores que ladrões não roubam, traças não roem.
Mais até que esse carvão vire diamante...
Quando casei tinha a ilusão que a vida de minha esposa deveria mudar, mas nunca cogitei mudar a minha vida, pois minha vida era muito boa , se a minha vida era muito boa quem tinha que mudar era ela e não eu, pois eu me achava alguém não muito evoluído , mais um pouco eu me sentia, me sentia sim.
Dica pra todos que estão lendo, quando alguém em algum momento de suas vidas que se acharem assim, perguntem-se...
Quem sou eu verdadeiramente? Quem eu penso que sou? Quem esta agindo sou eu ou que eu penso que sou? A psicologia transpessoal chama de Eu real e Eu idealizado... Eu real quem sou. Eu idealizado quem penso que sou.
Esse cara era que eu pensara que fosse eu , era o eu idealizado embora eu pensasse que era eu , assim como posso estar te confundindo eu me confundia , ou seja não me conhecia, embora achasse que me conhecia.
Uma querida amiga de minha esposa por alguns anos mostrou-me o contrario.
Quando essa abençoada ligava e eu atendia, eu sentia um aperto em meu coração, que era uma mistura de pontada, como se eu me sentisse oprimido...
Isso hoje sei, pois a vida ensinou-me na DOR...
Então pra mascarar tudo o que sentia tentava encontrar nela defeitos para justificar o que sentia...
Só quem quanto mais eu buscava em sua vida um sentimento para justificar sua inferioridade eu me via nela,  descobri neste ser abençoado um espelho a refletir minhas imperfeições.
Só que na jornada interior nós descobrimos que existe as nossas imperfeições aceitáveis, são aquelas que usamos para nos justificar em alguns casos, e as outras que usamos para chamar a atenção das pessoas a nossa, esse tipo de imperfeições nos são familiares e convivemos com elas numa boa.
Mas existem as imperfeições que sufocamos inconscientemente e são exteriorizadas em repulsas gratuitas racionalmente injustificáveis, e muitas vezes de tanto mal que essa sombra nos faz que nos tornamos defensivos e até violentos, graças a Deus violento eu não fui, mas tem individuo que é, e isso torna-o socialmente doente.
Quando você vê indivíduos juízes da moral alheia, ditadores de normas, cobradores de postura, castradores, são pessoas que não aprenderam que precisam iluminar sua sombra, iluminar-se.
Sempre comparamos assim...
O que é a noite?
A ausência dos raios solares ou a falta da influencia luminosa do sol. Então a escuridão é ausência de luz.
Com a profissão aprendemos a técnica da iluminação de pessoas para fotografia na cinematografia, aprendi que o que faz sombra é a influencia de uma luz dita dura. Pra que a sombra diminua usamos técnicas para suavizar e difundi-la para que ela chegue por igual no objeto a ser filmado.
E utilizamos para iluminar a sombra psicológica, a luz do conhecimento suavizado pelo amor.
Mas voltemos a minha abençoada professora que me estimulou a grandes e maravilhosas descobertas, que me impulsionaram a vencer-me...
Quando ela chegava a casa a minha tristeza era maior...
Em determinada ocasião ela deve ter entrado com conhecidos em comum no edifício, e  eu ia ao supermercado, quando ela já  ia batendo à porta, quando eu abri, o susto, e minha forma de pasmar-me ante a presença dela, e desejar que fosse uma visão,ou como diz popularmente no Ceara, desejei ardentemente que fosse uma “visage”, fechei rapidamente a porta, como quem desejasse preferir ver um ser desencarnado, desejando que quando eu abrisse…
Mas ali estava para minha decepção.
E o problema agora era pior, tinha que pedir desculpa por tal ato , maquiar minha inferioridade moral, e justificar minha deselegância e ainda criar um sorriso...
Hoje eu olho pra tudo isso e penso que serzinho ridículo esse… 
E dou risadas de minha ingenuidade espiritual.
Eu em muitas vezes fechei em meu quarto colocando desculpas mil, escondendo, e pior escondendo-me de mim mesmo. 
Como diz Renato Russo, “mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira.”
Eu comecei a orar par afastar de mim aquela pessoa, que tirasse ela de minha vida…
E quanto mais eu orava pra que Deus tirasse aquela pessoa de minha vida, mais freqüente se fazia  suas visitas a minha casa.
Eu comecei a considerar a hipótese popular " quanto mais eu rezo mais assombração me aparece.", e era assombração, ou seja, a ação de minha sombra sobre meu ego.
Cheguei a ser tão infantil de pensar que estava fazendo algo de errado em minhas orações, se tinha algo de errado era que faltava, faltava ação e sobrava reação...
Decidi vou deixar isso mais forte, toda vez que ela chegar vou fazer evangelho no lar, não é possível que o esse obsessor resista a luz do evangelho de Jesus.
Não resistiu, e esse individuo que um dia chamei de demônio, depois troquei o nome dele passei a chamar de obsessor, cataloguei como obsessor encarnado, e o evangelho de Jesus, desmascarou.
Desmascarou-me...
Cada vez que usava o evangelho para buscar resposta sobre tal eleito, descobria ser eu, tal ser trevoso, tenebroso, odioso ser, residia em mim.
O obessesor era Eu, o inimigo, o meu pior inimigo era Eu mesmo, o inferno estava dentro de mim, e o dito diabo também.
Passei a vê-la, ao olhar para ela, e descobri qualidades que outras pessoas que eu gostava muito não tinham, lealdade que outras pessoas que eu gostava muito, não tinham, passei descobri-la, admira-la.
E em um determinado dia recorri ao evangelho, para orientar-me á vencer-me, e orei e li "o meu mandamento é esse que vos amei uns aos outros, pois assim reconheceram os meus discípulos".
Muito mais importante que saber sobre Jesus, ou muito mais que decorar trechos, poesias, mensagem dos Espíritos, trabalhar em um centro espírita, era viver a mensagem de Jesus, que também é a mensagem espírita.
Amar e resolvi amar, mais eu, em meu intimo eu tinha que sair de um mundo que pudesse ser mentira ou mentiroso.
Dentro do meu quarto, dentro de meu pensamento mais escondido, pensei em Jesus e disse:
Mestre o que queres que eu faça?
Senti como se uma pressão subisse dos pés a cabeça, e como se eu fosse sair do chão lembrei-me de João o Batista, que pregava o arrependimento pela confissão, e depois da confissão o batismo que simbolizava a purificação, e ele dizia eu batizo com a água, mais o que vem depois de mim batizara com fogo.
E agora era a chama do amor a torrar-me, a transformar o ouro que era o amor, em uma jóia que ladrões não roubam e traças não roem, era o folgo a moldar-me , a transformar a minha vida...
Fui a ate a cozinha chamei-a pelo nome e chamei minha esposa e meus enteados, fomos todos para a sala.
À sala disse:
Minha querida talvez tenha sentido ao longo do tempo, isso que eu venho agora lhe dizer, mas não caso tenha sabido ou sentido, quero que ouça-me sem interromper-me pois tudo que eu vou lhe dizer será extraído das profundezas do meu coração, e disse...
Ela olhava em meus olhos e os seus se nublavam em lagrimas, e os meus também, mais aquele calor era intenso que fazia meu corpo suar...
Eu arrematei dizendo:
Digo-lhe isso tudo para que eu possa sair de meu cárcere e ser livre.
Não tenho nada para oferecer-te, somente um coração, um ser, uma amizade sincera e pura.
Uma das coisas eu lhe peço do fundo do meu coração, é o primeiro de muitos abraços amistosos.
Nasceu tardiamente porque eu perdi muito tempo, uma amizade, que a distancia e tempo não furtou, e nem furtará.
E hoje posso lhe e dizer-me.
Saia do cárcere, de seu Eu inferior, e descubra a liberdade e a leveza do amor.
Um convite a amar...
A ser livre...
Liberte-se.
Tu não és ilha tu és ponte.
Tu não és sombra tu és luz.
Vós sois a luz do mundo disse Jesus..
Ame eis o divino legado.




Peço que se gostou ou não do que leu deixe-nos um comentário, ou mande-nos um email com suas duvidas e criticas, ou sobre o que gostaria de saber sobre a visão kardeciana que dará ferramentas para outro artigo.
Nosso email : ricardo.kardeciano@hotmail.com
Paz e Bem sempre.



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Um dia de Anjo






Era o final de uma tarde de domingo de abril de 1995 em São Paulo, nesse período vive-se o outono, dias de temperaturas amenas com aquele sol bem amado, pois geralmente a noite esfriaria.
Esta tarde de outono seria escrito em nossa alma como um dos mais belos dias de minha vida, graças a nobres irmãos que se compadecia da dor alheia...
Acompanhava um grupo a qual conhecia apenas Darcio, esse grupo eram pessoas amigas de casas espíritas diferentes mais com um desejo  em comum, fazer o mínimo dentro do possível para atenuar a dor alheia.
Iniciante das ideias espíritas , jovem pronto pra qualquer atividade, fomos mais sabendo que apenas auxiliaríamos já que nada de minha parte estava ali naquelas cestas básicas.
Rumamos a uma comunidade carente na Zona Norte de São Paulo, precisamente no Jardim Peri, o cenário era daqueles que assustava, pois desconhecíamos tais realidades, casas feitas de Madeiriti, tipo de madeira usado pra tapar construções,  eram estruturas de casas, zinco de placas publicitárias virava telhado para alguns , ruas de terra que se vermelha que se chover fica barro, e barro de terra vermelha ele afunda, escorrega e muitas vezes nos leva ao chão, outras tinham pedaços irregulares de telhas de amianto ou brasilite como e denominado em Sampa.
Entramos em ruas de terra ate que chegamos ao topo de um morro que sem exagero deve dar uma altitude próxima de 700 metros,  no topo encontramos  um indivíduo que se dizia "dono" do morro, um explicou o que queríamos ali ele disse-nos sem titubear, peguem as cestas de vocês e após estarem com elas e não terá cinco minutos para entregar e sair...
Aquela ordem a um jovem era sem tamanha, pois, como podem estabelecer cinco minutos para executar a obra do Cristo, que aquele ser achava que era, mais não tínhamos tempo pra pensar e sim para obedecer.
Cada um agarrado a duas cestas se entreolhamos e cada um rumou para a residência mais próxima, falava agora o instinto de sobrevivência...
O pensamento era entregar e sair se durasse apenas um minuto estava bom demais...
Entreguei na primeira casa e disse Deus te abençoe. Na cabeça, pensava grato meu Deus menos uma.
Na segunda batemos na hora que entregamos a senhora de idosa que não saberia precisar a idade, mais já tinha recebido o sublime  toque divino em sua cabeça , que alvejaram todos os fios de seus cabelos, lembrando algodão pela suavidade e brancura.
A nobre mulher cai de joelhos aos meus pés agradecendo a Deus e dizendo aleluia, pois ela não tinha nada para comer e não tinha mais com quem contar e pediu a Deus que enviasse um Anjo para lhe trazer uma janta, e você vem e traz muitos almoços e muitas jantas, diz vem Anjo Divino entra na minha casa e fica um pouco comigo, quero ter a honra de conversar com um Anjo, não sou Anjo sou apenas uma pessoa que vem em nome de Deus lhe dar algo...
Não me importa modesto Anjo fica comigo, toma um café pois agora tenho ate café...
Falei pra ela tenho que ir senhora pois preciso voltar, não posso ficar , já que não podes tem que estar ao lado de Deus não é meu querido, pra cumprir-lhes as ordens, vou agradecer a ele, mais diga-o que mais que nunca o amo.
O medo sumira, a paisagem que no inicio para mim era assustadora desaparecera, aquela senhora tinha me levado ao melhor de todos os sentimentos, ela escrevera com a alma pura dela em meu coração.
A Angelitude reside no amor.
Aquela senhora mostrou-me Deus de uma forma inimaginável, a sua confiança era concreta, pois eu sai de lá, com ela convicta de que eu era um Anjo.
Falamos sobre Promoção Social e concordamos, somo convictos de que ensinar o individuo a pescar seu próprio peixe para que viva com o bem essencial que e a dignidade.
Mas mitigar o mínimo possível da fome que existe é ainda essencial, quando falta alimento para sustentar o corpo sobra fraqueza, e quando não tem força a vontade não age, e quando a vontade não age falta a fé e que mesmo que vivo, caminha o individuo ainda morto.
Mas não e somente a fome que faz falta ao coração do homem para que ele possa caminhar.
Temos a fome de reconhecimento, de sermos vistos , sentidos lembrados e amados.
Estamos muitas vezes sedentos de uma palavra amiga, e uma palavra nos arranca da duvida, nos trás um norte, nos traz um lenitivo, nos devolve a vida.
O sublime mandamento de Jesus e único: O meu mandamento e este que vos ameis uns aos outros , pois assim serão reconhecidos meus discípulos, por muito se amarem.
Ele não restringiu a ponto algum, pois o templo de Jesus sempre foi a natureza.
Não perdas a oportunidade aceite o convite que lhe e feito, e ele é feito de tantas formas.
Em um gesto grosseiro eis um grito por atenção.
Por mais que sua razão te afirme que possuis erros, defeitos e imperfeição , se decidires por amares para alguém serás um Anjo.
Ame e tu serás Anjo.






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