terça-feira, 29 de maio de 2012

O pesadelo da grande cidade.




Diariamente chegam ônibus nas capitais vindos do interior de seus estados, pessoas que decidiram mudar sua vida financeira, decidido a proporcionar a seus filhos, aquilo que seus pais não puderam proporcionar em nível de conforto.
Infelizmente vivemos um grande problema social chamado educação, se não esta a contento nas capitais dos estados, infelizmente existem lugares que ela não chega, digo, pois estive em 2002 fazendo uma pesquisa eleitoral em uma pequenina cidade do Maranhão,  de todas as pessoas que encontrei quem tinha ensino médio eram os professores, nesta cidade.
Em pequenas cidades vivenciamos o clima de uma grande família, onde todos se conhecem se cumprimentam e  olham em seus olhos, trocam-se sorrisos, entram nas muitas vezes sem bater, portas dormem abertas, pois os corações estão abertos, existe uma confiança mutua.
Em uma cidade chamada Baturité no Ceará recebi uma rede para dormir e um alpendre, apenas  as estrelas a beijar minha face levando-me as lagrimas a compreender Luiz Gonzaga o véi Lula, que dizia: "não há ó gente não luar como esse do sertão." E ele estava certo, não existe luar como aquele, pois noites escuras são iluminadas banhadas com a claridade da lua, não existia corações fechados, quanto mais portas fechadas.
E essas pessoas acostumadas um mundo distante, muitas vezes abismal da cidade grande, onde o capitalismo dita que o individuo tem que ser melhor que o outro, ensinam a olhar pessoas e não ver o brilho das estrelas refletido em seus olhos, mas cifras, pois é o verdadeiro valor o dinheiro.
E essas almas de coração puro chegam sorrindo com calor em seus sorrisos, encontram seres com paradigmas diferentes a impulsionar suas vidas “ amigas é dinheiro no bolso”, encontram rostos fechados e quando abrem um sorriso é escarnecedor pela forma em que essas pessoas simples se expressam, pelo sotaque, pois são trincheiras que andam , são corações em constante inverno.
Ainda piora quando pessoas das grandes cidades alimentam o sonho de um Novo emprego com vazias promessas que não tem interesse de cumprir?
Ai tiramos o ninho e o aconchego de um pássaro que não sabe voar...
Parece irreal, mas é real, para a tristeza de muitos.
Minha vida tropeçou em um desses pássaros emocionando-me, que mesmo neste mundo de corações invernosos vemos corações que vivem a primavera do amor, que consegue ver pessoas onde muitos veriam mendigos e vagabundos, drogados ou nóias, vagabundas e prostitutas, vêem irmãos momentaneamente equivocados...
Esse pássaro era apenas uma menina de 18 anos que vinha do interior de Minas para São Paulo, com a promessa não cumprida de emprego, sem dinheiro de voltar para a casa, sem uma família, um amigo para dar abrigo...
Mas pessoas para aproveitar-se da ingenuidade, da fragilidade sobram, pessoas que vêem essas meninas como um objeto, pronto para submeter aos seus doentes pensar...
Corações onde as flores do amor perfumam encontraram-na quase derrapando na mão de um ser pigmeu em seus instintos e intenções.
A menina desiludida desesperada, apenas chorava com lagrimas, seus olhos refletiam o pássaro livre que se recusava a cantar por estar preso na gaiola...
Viram suas lagrimas, leram seus olhos, e abrigaram na por dois dias, compraram sua passagem e mandaram de volta ao seu mundo, ao aconchego dos seus, onde sua alma encontra repouso e seu coração encontra afago, voltando a sorrir, com sorriso que no rosto que não atenderia a nem um padrão de belo pelos modistas, esteticistas e representantes da moda e profundos conhecedores da transitoriedade, mas a iluminação em seu rosto transcendia o físico e enaltecia o espiritual, pois era o sorriso da alma, a alegria de não estar só, era alegria de estar indo de volta ao ninho, até que suas assas te permitissem voar...
Quantos pássaros desses caem de seus ninhos na rua?
Onde a realidade é mais dura do que se pode imaginar...
Depois que as roupas do corpo sujaram-se e odor já não mais agradável começa exalar do corpo, a lepra chamada preconceito que apodrece as estruturas da alma, e faz com que seres humanos se distanciem dos outros, digo lepra não o portador do mal de hansen que tem cura, pois o portador da antiga lepra possui  a hanseníase, mas o preconceituoso é uma alma altamente doente e paralisada, que dia a dia apodrece sua percepção e sua interação com a família universal.
Nas ruas a margem da sociedade encontram nossos irmãos foram feridos e esquecidos por nós, por nós, pois nos esquecemos de cobram os que elegemos para nos representar na administração publica, e porque deixamos de ver esse como nossos irmãos doentes, pois estamos doentes com a lepra do preconceito, para que seja curado com o remédio do amor, e que nossas mentes recebam a limpeza da caridade que constrói com o amor e pelo o amor que impulsiona um mundo novo em nós e fora de nós...
Vivemos um momento que o amor grita para que se vença o preconceito, de que o amor toque o nosso mundo interior mudando-nos e que resolvamos vive-lo mudando o mundo a nossa volta por contagio.
O ser humano é facilmente contagiado...
Comece a dar um gostosa e natural gargalhada e vera alguém te acompanhar no riso sem saber do que você esta rindo, mas pelo simples fato de ser contagiado.
Deixe se contagiar pelo bem, que o seu dia será bom.
E com amor contagiaremos as grandes cidades levando a primavera aos corações para que vivamos e eterno verão, e nosso coração será um mundo tropical abençoado por Deus e bonito por natureza...
Há que beleza!
Viva o belo, torne-se belo sinta o amor.
Levante a cabeça encha o pulmão de ar o coração de amor e deixe que sua alma cante por suas mãos e brinde o mundo.


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